Muitos jovens quando chegam ao período de cursar a faculdade não dispõe de recursos para custear um curso que geralmente dura de quatro a cinco anos. De acordo com a economista Jadila Andressa, muitos estudantes não procuram um planejamento financeiro para arcar com essa dívida.
Um dos financiamentos mais conhecido é o programa FIES ( Fundo de Financiamento Estudantil) registrou o maior percentual de inadimplência da história: 54,3% dos contratos não foram quitados. Atualmente há cerca de um milhão de inadimplentes com o financiamento, conforme a pasta — pessoas que estão com mais de 90 dias de atraso no pagamento das parcelas.
“É uma dívida extensa que perdura por muitos anos, e aqueles que não possuem um planejamento financeiro acabam sendo prejudicados por um imprevisto, um gasto e até mesmo o desemprego que dificulta mais ainda a quitação dessa dívida” reforçou.
Para os jovens que estão devendo, a economista indica tentar uma renegociação no próprio site da Fies.
O primeiro passo é acessar o sistema do FIES e fazer uma simulação do número de parcelas e do valor de entrada, além de seguir as instruções recomendadas na página. “Essa renegociação precisa estar de acordo com a realidade financeira do jovem, se não cabe no orçamento, o estudante provavelmente deixará de honrar o compromisso novamente. Pela questão da pandemia, passamos por um período de suspensão do financiamento, esse estudante pode solicitar até quatro parcelas do seu saldo devedor em caráter excepcional” disse.
A desistência do curso antes de formar não implica no cancelamento da dívida. Nesses casos, é preciso cancelar o contrato junto ao Fies, mas o crédito já utilizado deve ser pago. Caso contrário, o nome vai ficar “sujo”, do mesmo jeito.