Economia

Economia Digital se tornou essencial para o sucesso das empresas

Digitalização já é parte significativa das vendas, e, de acordo com pesquisa, deve ser responsável por quase 25% do PIB mundial até 2025

Um assunto em alta em 2020 e 2021 é a digitalização. Atualmente, é difícil lembrar de algo do dia a dia que não envolva a internet ou a tecnologia como um todo. O trabalho também não ficou de fora dessa modernização, assim como os outros estágios da rotação do dinheiro na sociedade, como as compras e as vendas.

E foi com esse movimento de migração em massa para um ambiente tecnológico que a Economia Digital surgiu. Ela consiste na inclusão da internet e de aparelhos e sistemas tecnológicos dentro dos processos de produção, comercialização e distribuição de produtos ou serviços de qualquer setor. Isto é, sistemas que eram inteiramente realizados presencialmente ou apenas manualmente passaram a estar parcial ou completamente na web ou ter a participação de máquinas, inteligência artificial e sistemas automatizados.

Apesar de o termo não ser tão conhecido pelo público comum, a digitalização da economia está mais presente do que o imaginado. Compras online, armazenamento de informações de trabalho na nuvem, ou contratação de serviços como reservas para um hotel ou restaurante, através de sites e aplicativos, fazem parte da digitalização.

Os três pilares que formam a Economia Digital

Essa nova forma de fazer e gastar dinheiro é formada por três pontos principais, que podem, inclusive, ser usados para compreender se uma instituição ou comércio está completamente inserido nessa realidade ou apenas parcialmente. Para que a Economia Digital atinja seu ponto ideal, é necessário haver as seguintes características.

Conectividade

As atividades presenciais, seja lá quais forem, dão ao cliente ou colaborador a certeza de facilidade na comunicação. Portanto, para que uma atividade possa ser realizada à distância com a mesma qualidade, é essencial que a conectividade esteja presente. É ela que vai interligar serviços e informações, garantindo que o trabalho ou a venda ocorra com fluência, podendo fazer o online ser a preferência.

Segurança de dados

Para que a empresa tenha sucesso, é necessário também ter segurança da informação. Há dados que não podem ser repassados, pois prejudicariam a saúde de um projeto que está por vir ou de estratégias da corporação, assim como a segurança é o que permite ao cliente dar um voto de confiança na hora de realizar compras ou contratar serviços. E não é necessário sistemas fora do comum para garantir que dados não sejam vazados. O já conhecido certificado digital já faz muito bem o papel de mostrar aos compradores que há cuidado com as informações, além de oferecer outras vantagens, como a agilização de processos, graças à validade jurídica oferecida pelo documento.

Excelência em execução

Esse é um ponto essencial para mostrar que qualquer novidade vale a pena ser aderida, e não é diferente com a Economia Digital. A inovação precisa vir acompanhada de um bom funcionamento para ser aceita pelo mercado. Portanto, o planejamento é um aliado das empresas que desejam aceitar o desafio de estar em constante mudança para se manter atualizadas.

Brasil avança na digitalização

Que esses pontos são um ingrediente essencial para o sucesso, as empresas brasileiras, assim como o restante do mundo, já perceberam. Afinal, há décadas, eram empresas do setor das commodities as mais bem-sucedidas do mundo. Já hoje em dia todas as empresas internacionalmente conhecidas por completo êxito são de tecnologia ou têm essa ferramenta completamente atrelada ao seu trabalho, como é o caso de Google, Amazon e Microsoft.

De acordo com estudo da Oxford Economics, realizado em 2017, o crescimento desse cenário é constante e deve seguir desta forma. Os dados do levantamento apontam que, no ano de 2016, a Economia Digital mundial era equivalente a 15% do PIB (Produto Interno Bruto) de todos os países somados. A previsão traçada pelos pesquisadores aponta que, em 2025, esse número suba para 24,3%.

Agora, em 2021, outros dados apontam que a expectativa da Oxford Economics tem grandes chances de ser atingida, já que, neste ano, o setor terciário, que engloba o comércio e a prestação de serviços, é o principal componente do PIB brasileiro. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no primeiro trimestre de 2021, ele representava 71,7% de todo o Produto Interno Bruto.

E, ao pensar que parte grandiosa das empresas que compõem o setor está inserida no meio digital, graças às inovações impostas pela pandemia, a previsão da pesquisa fica cada vez mais real, o que é indicado também pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), que afirma que as vendas online cresceram 68% em 2020, se comparado a 2019, aumentando a participação do comércio eletrônico nos lucros do varejo. Tal participação era de apenas 5% em 2019 e passou de 10% depois do início da pandemia.

Dados ainda mostram que não foi apenas a preferência ou necessidade do consumidor que mudou, pois as empresas também tomaram a iniciativa de se adaptar ao digital para sobreviver. É o que diz a pesquisa feita em 2020 pela empresa de pagamentos digitais PayPal, em parceria com a consultoria BigData Corp. Segundo o levantamento, o número de lojas online cresceu 40,7% de 2019 a 2020, chegando ao número de 1,3 milhão e-commerces. O aumento foi muito mais acentuado do que em períodos anteriores, como de 2018 para 2019, quando a quantidade de comércios virtuais aumentou 37,6%.