Os empreendedores do setor de transporte de Roraima solicitaram à Embaixada do Brasil na Guiana, por um novo acordo entre os países, visando o transporte de carga e de passageiros atravessando a fronteira pelo estado. A reunião pode ocorrer já em julho deste ano.
A possibilidade de um novo acordo foi discutida entre os membros da Câmara de Comércio Brasil/Guiana, com a finalidade de estreitar os laços com o novo governo da Guiana, do presidente Irfaan Ali.
Segundo o presidente da Câmara de Comércio Brasil/Guiana, Remídio Monai, o setor privaddo que atua no setor do transporte, em conjunto com o Governo do Estado, busca retomar uma agenda com Georgetown.
“Nós estávamos fazendo isso antes da pandemia, mas aí depois mudou o Governo e veio a pandemia e fechou a fronteira. A gente acabou perdendo os contatos. Por isso, estamos organizando uma viagem. Estamos pedindo uma audiência com a embaixadora do Brasil em Georgetown, Maria Clara. Nós estamos enviando um pedido para ela, para ela conseguir agendar para nós com o vice-presidente Barack Jadeu, com o representante do setor privado, com o ministro da Agricultura e com o ministro responsável pela área do transporte internacional Brasil-Guiana”, explicou Monai.
Segundo o presidente da Câmara, o objetivo é obter uma agenda com o novo governo e tratar com o setor privado. O objetivo principal é concluir o acordo de passageiro e carga entre Brasil e Guiana, que está se discutindo há cerca de 20 anos e ainda não saiu do papel.
“A última reunião que teve, em Boa Vista, ficou bem avançado. Ficou faltando praticamente definir dois pontos: o seguro e uma questão de seccionamento da linha de transporte de passageiro, mas agora, a gente está buscando que volte a acontecer uma nova reunião. Um encontro com esse novo governo para que a gente possa fechar essa situação do transporte de passageiro e carga”, explica Remídio.
A data sugerida para nova reunião é entre o dia 20 e o dia 30 de julho, de acordo com a disponibilidade de horário das autoridades. “Os empresários tem certeza de que se tiver liberado para os caminhões e ônibus adentrarem até Georgetown, isso vai facilitar a importação e a exportação por aqui. Mesmo com a estrada ruim, dá para se fazer o transporte, como foi feito por muitos anos na BR-174 de Roraima para o Amazonas. Precisamos ter a parte legal entre os dois países, para que os empresários possam fazer tudo acontecer”, finalizou.
