Em momentos de crise, os empréstimos pessoais tornam-se alternativas para manter o ritmo familiar, como visto em meio à pandemia. De acordo com os dados da Pnad Covid, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em julho, foram mais de quatro milhões de domicílios envolvidos nas solicitações aos bancos.
A onda de pedidos acelerada entre maio e junho, conforme informações da Serasa Experian, surgiu por conta de diversos fatores, como altos níveis de desemprego, impossibilidade de manter trabalhos feitos essencialmente na rua ou que dependem de um movimento maior de pessoas pelos locais e, claro, pela facilitação da concessão de crédito por bancos e administradoras financeiras.
Com a popularização do meio, no entanto, surge a dúvida: qual o momento ideal para pedir um empréstimo pessoal ao banco? Para saber a hora adequada, é preciso mensurar uma série de fatores. Mesmo assim, é essencial ter em mente dois pontos fundamentais: a necessidade – quando acontece algum evento inesperado para o qual não há recursos financeiros próprios, como problemas de saúde – e o planejamento – seja para pagar uma viagem importante ou cursos de graduação, mestrado ou doutorado.
Como é impossível prever todas as situações da vida, há acontecimentos já planejados, como estudos, intercâmbios, compra de imóveis ou veículos, enquanto outros simplesmente ocorrem de surpresa. O mais importante nestas horas é que as solicitações não se tornem corriqueiras e que, sempre quando pedir um novo empréstimo, tenha quitado o anterior.
Além disso, para quem busca por esse tipo de negociação com as instituições financeiras, a pesquisa e o planejamento – até quando a motivação para o pedido seja incontrolável e necessária – são fundamentais para conseguir bons negócios, com taxas e juros menores. Com a digitalização, pode-se procurar por empréstimos pessoais online e analisar as condições que mais condizem com a situação financeira da família para pagamento.
Para facilitar a concessão de crédito, as instituições, inclusive, voltaram a usar a modalidade de empréstimos com garantias, como a linha conhecida como home equity, quando a pessoa se compromete a pagar a dívida sob o risco de precisar ceder o imóvel, caso não consiga.
A medida foi regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) por conta da crise financeira instalada com o início da pandemia e as dificuldades para conseguir empréstimos – dos quatro milhões de lares solicitantes, 762 mil afirmam que não tiveram o empréstimo aprovado. Ainda assim, poucas instituições já oferecem essa alternativa.
Apesar disso, existem empréstimos, especialmente o pessoal, sem a necessidade de garantias. Nesta modalidade, o banco apenas analisará o histórico de pagamentos e a situação do nome do consumidor, poder aquisitivo mensal, entre outros fatores.