Economia

Especialista em RR orienta poupar para manter orçamento familiar saudável

Segundo José Belido, reservar dinheiro é o ideal para se ter uma vida tranquila com liberdade financeira

Confraternizações, presentes e a ceia de natal estão entre os principais fatores que fazem com que as despesas de fim de ano fiquem em alta. Além destas, no início do ano há pagamentos de impostos, material escolar e outros. Para saber como equilibrar as contas neste período, o especialista em contabilidade José Soares Belido orienta fazer uma reserva financeira. 

Dinheiro é algo que todas as pessoas têm que lidar o tempo inteiro, principalmente na vida adulta. Em 2020, ano do início da crise gerada pela pandemia da Covid-19, muitas famílias que não estavam preparadas financeiramente perderam os empregos, a renda diminuiu e os preços subiram. Com isso, o endividamento aumentou e o orçamento familiar ficou instável. 

Com o recuo da pandemia, retomada da economia e chegada do fim de ano, o dinheiro começou a movimentar e é neste período que as pessoas devem se atentar para não gastar além da conta e acumular dívidas, pois estão mais seguras para fazerem as compras ou se divertirem. Mas as economias ainda buscam se estabilizar após meses de instabilidade. 

“A educação financeira ajuda no crescimento econômico e uma das dicas neste sentido é não gaste mais do que ganha, aprenda a poupar para se ter uma vida tranquila com liberdade financeira, ou seja, alcançar um orçamento familiar saudável. Poupar é a palavra-chave, pois a reserva financeira vai garantir que mesmo com as futuras despesas, o orçamento não fique comprometido”, explicou o contador.

Assim como no final de cada ano são esperados os gastos, no início do ano também com a cobrança do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), escola e pagamento de dívidas parceladas. “A segunda recomendação é fugir das compras parceladas e dos gastos supérfluos”, indicou Belido.

Segundo ele, os gastos supérfluos podem ser cortados do orçamento, sem afetar diretamente na rotina econômica de uma família, ainda que eles possam incrementar no conforto e na qualidade de vida. Desta forma, Belido avalia que eles devem entrar primeiro nas listas de despesas a serem eliminadas sempre que há uma redução na renda. 

Outra orientação do especialista é usar de forma adequada o décimo terceiro salário. A segunda parcela do benefício deve cair até 20 de dezembro. Neste momento, saber usar o dinheiro é importante para manter a vida financeira em ordem. “Parte desta renda extra pode ser usada para o pagamento de dívidas anteriores e o restante ser poupada para emergências”, indicou. 

O especialista

José Belido é formado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Roraima (UFRR), com especialização em Direito Empresarial, pela Fundação Getúlio Vargas e em Contabilidade e Direito Tributário pelo Instituto de Pós-Graduação & Graduação (IPOG).

Ele atua como Perito Contábil CNPC 833 e é empresário contábil há 20 anos em Roraima. Esteve como professor substituto na UFRR e atualmente é estudante de Direito na faculdade Estácio da Amazônia.

Belido foi presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado de Roraima (Sescon-RR) de 2010 a 2017 e foi Conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-RR).