Economia

Estado vai fechar 2020 de maneira equilibrada, afirma secretário

O secretário da Secretaria Estadual de Planejamento e Desenvolvimento (Seplan), Marcos Jorge de Lima foi o entrevistado do Programa ‘Quem é Quem’ da Rádio Folha

O impacto na economia provocado pela crise do novo coronavírus é inegável, isso afetou o mundo inteiro e em Roraima não poderia ser diferente. Entretanto, o secretário da Secretaria Estadual de Planejamento e Desenvolvimento (Seplan), Marcos Jorge de Lima, afirmou nessa segunda (11), durante entrevista na Rádio Folha ao programa ‘Quem é Quem’, que o estado, com o auxílio do Governo Federal, terá condições necessárias de superar mais um momento difícil e encerrar o exercício de 2020 de maneira equilibrada, honrando todos os compromissos.

O titular da Seplan observou que houve queda na arrecadação e redução no Fundo de Participação dos Estados (FPE), além de estimativa negativa do Produto Interno Bruto (PIB), mas explicou que com o pacote de medidas anunciado pelo Governo Federal o FPE terá sua recomposição.

“O Apoio Financeiro aos Estados criado recentemente, nada mais é do que a recomposição do Fundo de Participação Estadual. Então a perspectiva que nós temos é de ter FPE no mesmo tamanho que tivemos em 2019”, disse.

As informações foram repassadas durante o programa Quem é Quem (Foto: Arquivo FolhaBV)

Conforme Marcos Jorge, os avanços de gestão e a austeridade com que vem sendo dirigida as finanças desde o ano passado, tem possibilitando que o governo continue mantendo os seus compromissos em dia.

“Nós trabalhamos para reestruturar um orçamento que refletisse as necessidades do estado para 2020. Nossas projeções demonstram que até o final deste ano será possível honrar a folha de pessoal, as transferências aos poderes e todas as demais despesas prioritárias do estado. Obviamente que apertando o cinto, como não poderia deixar de ser neste momento. Monitorando ao longo do exercício qualquer eventual necessidade de alguma medida mais severa, mas não resta dúvida de que com o planejamento que está sendo construído, Roraima vai sim suplantar mais uma crise e retomar o crescimento que já havia experimentado em 2019”, assegurou.

O secretário destacou ainda, que se os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) não tivessem se sensibilizado com a causa financeira de Roraima, o governo jamais teria tido a condição de fazer “o dever de casa” e economizado como fez em 2019, não sendo possível por exemplo, lançar o pacote de medidas em mais de R$ 80,00 milhões em meio a pandemia, para estimular a economia de Roraima.

Avanços

O secretário ressaltou ainda que todos são conhecedores da situação difícil na qual o governador assumiu Roraima, simplesmente em meio a uma intervenção federal. Mas, que mesmo diante de tantas dificuldades, foi possível superar 2019 cumprindo os pagamentos rigorosamente em dia e reerguer a economia roraimense.

“Os servidores públicos têm recebido seus salários dentro do mês trabalhado, inclusive o governador lançou o calendário de pagamentos de 2020 e antecipou a primeira parcela do 13º salário dos servidores junto com o pagamento do mês de abril. As transferências aos poderes e os repasses para os municípios também têm sido realizados em dia. Tivemos bom desempenho na geração de empregos formais, contabilizando 2.261 novos postos de trabalho com carteira assinada em 2019, representando um aumento de 4,25%, o melhor resultado entre todas as unidades da federação, sendo 2,5 vezes maior do que a média nacional (1,68%)”, pontuou.

Ainda segundo ele, o governo trabalhou para incrementar as suas receitas, tornando Roraima o primeiro colocado a nível nacional com destaque para o ICMS, que cresceu 27%.

“Os números demonstram que já no primeiro ano de gestão, foi possível promover melhorias significativas e quando nós estávamos nos preparando para o voo de cruzeiro, eis que surge a pandemia do coronavírus, e de novo, o governador encara mais uma situação delicada, com certeza sendo o gestor que mais enfrentou situações adversas na condução de Roraima, e em um curtíssimo espaço de tempo”, considerou o secretário.