
A propagação de uma fake news envolvendo a política comercial dos Estados Unidos causou fortes oscilações no mercado financeiro nesta segunda-feira (7). O dólar comercial fechou em alta de 1,29%, vendido a R$ 5,911, atingindo o maior patamar desde 28 de fevereiro. O impacto não ficou restrito ao câmbio: a Bolsa de Valores brasileira (B3) também registrou queda pelo terceiro dia consecutivo, chegando ao seu nível mais baixo em quase um mês.
O que aconteceu?
Durante a manhã, circulou nas redes e entre investidores a informação falsa de que o governo de Donald Trump suspenderia por 90 dias o aumento de tarifas comerciais contra a China. A notícia gerou alívio momentâneo nos mercados, fazendo o dólar cair e a bolsa subir temporariamente.
No entanto, a Casa Branca desmentiu o rumor ainda durante o dia, e os mercados reagiram de forma imediata e negativa. O dólar voltou a subir com força, e o índice Ibovespa, principal indicador da B3, fechou em queda de 1,31%, aos 125.588 pontos.
Contexto tenso nas relações EUA-China
A alta do dólar e a queda na bolsa também foram influenciadas pelas novas ameaças de Trump à China. O ex-presidente norte-americano declarou que pretende impor uma tarifa adicional de 50% sobre produtos chineses, caso Pequim não reverta a sobretaxa de 34% aplicada a produtos norte-americanos. A tensão renovada entre as duas potências elevou o nível de incerteza global.
Reação internacional
Os efeitos da turbulência também foram sentidos em outras partes do mundo. As bolsas asiáticas e europeias registraram fortes quedas:
Hong Kong: -13,22%
Tóquio: -7,83%
Frankfurt: -4,13%
Londres: -4,38%
Já as bolsas norte-americanas caíram, mas com menor intensidade, refletindo a volatilidade do cenário internacional.
Fake news: um risco real para a economia
O episódio mostra como a desinformação pode afetar diretamente os mercados financeiros, gerando volatilidade, perda de confiança e prejuízos. Em um ambiente cada vez mais digital e instantâneo, a velocidade com que uma notícia falsa se espalha é capaz de provocar reações imediatas e significativas nos preços de ativos e nas decisões de investimento.
Especialistas alertam para a importância de verificar fontes confiáveis antes de reagir a notícias de grande impacto econômico. A confiança nos dados e a transparência da comunicação são fundamentais para manter a estabilidade dos mercados.