O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (12) que já entregou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) os estudos necessários para aumentar a isenção do Imposto de Renda para aqueles que ganham até R$ 5 mil. Atualmente, o limite é de dois salários mínimos, mas a ampliação faz parte de uma promessa de campanha.
Embora o Orçamento de 2025 enviado ao Congresso ainda mantenha a isenção para quem recebe até dois salários mínimos, Haddad comentou que Lula já tem a proposta de elevação e anunciará quando julgar “conveniente”.
“O presidente encomendou da área econômica estudos que permitissem chegar a R$ 5 mil [de isenção]. Apresentamos alguns cenários. Só posso falar quando ele validar algum deles. Assim que o presidente entender conveniente, vai chamar outros ministros, mas ele deve bater o martelo em algum momento no futuro próximo”, disse em entrevista.
Haddad ressaltou que há tempo “relativamente longo” para que a medida seja aprovada, e que a equipe econômica está avaliando diferentes cenários para viabilizar o compromisso feito durante a campanha de 2022.
“Me parece consistente a proposta da área técnica, e ele [Lula] se animou a falar do assunto. Um dos caminhos oferecidos parece promissor do ponto de vista econômico e político”, complementou.
Na semana anterior, Lula reafirmou o compromisso com a isenção para quem ganha até R$ 5 mil, garantindo que a promessa será cumprida até 2026, último ano de seu terceiro mandato. Em várias entrevistas a rádios, ele reforçou que a medida estará no Orçamento enviado ao Congresso.
“Eu vou cumprir essa promessa. Em 2026, na hora que for mandado o Orçamento para o Congresso Nacional, estará lá a rubrica de que quem ganha até R$ 5 mil não pagará Imposto de Renda”, disse o presidente.
Recentemente, o governo já fez mudanças na tabela do Imposto de Renda. Em 2023, uma medida provisória elevou o teto da isenção para R$ 2.824 mensais, correspondente a dois salários mínimos, com um desconto automático de R$ 528. Até o ano passado, o limite era de R$ 1.903,98, valor que foi ajustado para R$ 2.640 em maio.
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