Economia

Lojistas analisam retorno econômico da primeira semana

Gerente de vendas em um segmento de artigos musicais diz que medidas de proteção não interferem no rendimento

Após uma semana desde que o comércio em Boa Vista recebeu a liberação para retorno gradual da atividade econômica, lojistas entrevistados pela FolhaBV informaram que já percebem um aumento significativo nas vendas.

Maciel Lima, gerente de uma loja de variedades localizada na avenida Jaime Brasil, no Centro, disse que desde segunda-feira da semana passada, houve um acréscimo de cerca de 30% na renda, o qual ele acredita ter sido impulsionado pelas promoções que está fazendo no estabelecimento. “Nós estamos na expectativa de que os pagamentos de salários do governo e prefeitura e os auxílios emergenciais contribuam ainda mais para o aquecimento do nosso comércio”, ressaltou.

A atendente de caixa Zuleide Oliveira, de 36 anos, conta que é primeira vez que está saindo para comprar desde a reabertura. “Eu tenho um pouco de receio ainda para sair, comprar e pagar nas lojas, mas eu estou achando que tudo está indo bem. Não está tendo aquele tumulto de gente, então eu estou vendo que o pessoal está cumprindo as normas de prevenção ao coronavírus”, relatou.

O cuidado com a higienização dos clientes é o que Levi Macedo, gerente de vendas em uma loja de artigos musicais, tem feito rigorosamente. “Mesmo regrando, tomando todas as medidas de segurança possíveis, estamos conseguindo manter todos os nossos compromissos. Às vezes os clientes ficam insatisfeitos, mas é algo que a gente faz pensando na saúde de todos”.

Segundo ele, os lucros ainda não estão como antes da paralisação, mas, acredita que as adequações aos protocolos de funcionamento cobrados pela prefeitura não impedem que a empresa obtenha retorno financeiro esperado. Levi não deixa de pontuar que, mesmo utilizando o serviço de atendimento por delivery, as vendas tiveram uma queda de mais de 50% durante o fechamento.

A gerente de uma loja de artigos para festas, Ana Carolina, disse que o segmento que atua é um dos que mais sofreu com o isolamento social. “Mesmo com o atendimento por drive-thru [pagar e levar], as vendas na loja sofreram uma que de 80%, comparando ao que se ganhava antes do fechamento do comércio”, ressaltou.

Porém, ela considera o retorno mais que satisfatório. “A gente teve a movimentação que a gente já esperava. As pessoas estão procurando bastante e nós estávamos precisando. A gente que trabalha no comércio necessita do emprego em alta, e isso está dando certo”, contou Carolina.