Natal deve movimentar R$ 151 milhões no comércio roraimense

O aumento das vendas de Natal está diretamente ligado à maior confiança das famílias no mercado de trabalho, segundo análise da Fecomércio

O aumento das vendas de Natal está diretamente ligado à maior confiança das famílias no mercado de trabalho, segundo análise da Fecomércio. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
O aumento das vendas de Natal está diretamente ligado à maior confiança das famílias no mercado de trabalho, segundo análise da Fecomércio. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

O comércio varejista de Roraima deve alcançar o segundo maior faturamento em vendas de Natal desde 2007, conforme projeções da Fecomércio/RR, com base nos dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC). A expectativa é movimentar cerca de R$ 151,9 milhões, o que representa um crescimento de R$ 5,2 milhões em relação ao ano anterior, equivalente a uma alta de 3,5%.

“Esse valor reflete um aumento significativo e, se confirmado, consolidará o segundo maior faturamento em 17 anos, desde o início da série histórica”, explicou o economista Fábio Martinez, assessor econômico da Fecomércio.

(Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

O aumento das vendas de Natal está diretamente ligado à maior confiança das famílias no mercado de trabalho, segundo análise da Fecomércio. “O aquecimento do mercado de trabalho em Roraima é um dos fatores que impulsionam essa confiança. O Natal, por sua tradição de troca de presentes e confraternizações, estimula ainda mais as vendas”, afirmou Ademir dos Santos, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac/IFPD.

Os dados da CNC apontam que os hiper e supermercados devem liderar as vendas, com participação de 45% no total, seguidos por itens de vestuário, calçados e acessórios (28,8%) e artigos de uso pessoal e doméstico (11,7%).

Desafios para o comércio

Apesar das boas perspectivas, o setor enfrenta desafios como o encarecimento do crédito, dificultando o acesso ao financiamento pelos consumidores; a desvalorização do Real, que aumentou os custos de mercadorias importadas com o dólar ultrapassando R$ 6,00; e o alto índice de endividamento das famílias, que deve marcar o fim de 2024.

“Esses fatores podem limitar parte do crescimento esperado, mas a projeção ainda é otimista, considerando o histórico e o cenário econômico local”, acrescentou Martinez