Economia

Nem a Black Friday pode salvar a Magalu

Confira a análise do analista de Mercado, Mateus Lima

O mês de novembro já se tornou um dos mais esperados pelos lojistas do mundo todo por conta das condições especiais da Black Friday que são oferecidas ao público, logo, aquecendo o consumo em um curto espaço de tempo.

Porém, o que muitos investidores equivocadamente acreditam é que o melhor a se fazer é comprar ações de grandes varejistas momentos antes da Black Friday por causa dessa expectativa de muitas vendas.

Por exemplo, quando seria o melhor momento para comprar ações do magazine Luiza acreditando que a Black Friday fará com que suas ações cresçam? No começo do mês? Um dia antes? Na sexta-feira? Vamos monitorar seus últimos movimentos para ter um direcionamento.

Somente nessa semana que passou as ações caíram -16,86% e no mês caem -14,25% e sem expectativa próxima de recuperação, então, por que a Black Friday não pode salvá-la? O conceito normal por trás das movimentações das ações na bolsa é a relação entre a expectativa e a realidade.

Ou seja, sempre que o ano muda, todo o mercado sabe que haverá uma Black Friday, que teremos natal e outras datas comemorativas, logo, esses eventos já são precificados na ação dentro da expectativa de vendas geral e individual de cada empresa. O que abala suas cotações não é o evento em si, mas a performance da empresa perante a expectativa gerada.

Se o mercado vem projetando que magalu deva vender hipoteticamente R$1bi, mas ao contabilizar o resultado do evento constatou-se que ela conseguiu vender R$2bi superando a expectativa precificada do mercado, neste caso, a possibilidade de as ações dispararem são muito maiores. Mas o contrário também é verdadeiro, a quebra de expectativa alcançando números menores prejudica e muito a precificação das ações do varejo.

*Mateus Lima, Analista de Mercado