Economia

Petrobras anuncia reajuste da gasolina em 5,2% e do diesel em 14,2%

No momento, em Boa Vista, o preço médio da gasolina comum é de R$ 7,04 e o do diesel, R$ 7,18

Após 99 dias congelado, o preço da gasolina será reajustado nesse sábado (18) pela Petrobras, passando a custar R$ 4,06 o litro nas refinarias da estatal, um aumento de 5,2%. O diesel, há 39 dias sem aumento, passará a custar R$ 5,61 o litro, alta de 14,2%, conforme anúncio realizado nesta sexta-feira (17).

No momento, em Boa Vista, o preço médio da gasolina comum é de R$ 7,043 e o da aditivada, R$ 7,166. O do diesel é de R$ 7,187, e o diesel S10, R$ 7,244. As informações são da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), com base em preços pesquisados entre 5 e 11 de junho.

Os reajustes refletem a disparada dos preços dos derivados no mercado internacional, seguindo a alta do petróleo e refletindo maior demanda e o fechamento de refinarias em meio à guerra entre a Rússia e Ucrânia.

Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), para alinhar o preço interno com o praticado no Golfo do México, de onde sai a maioria das cargas, o aumento deveria ser de R$ 0,57 para a gasolina e R$ 1,37 para o diesel, diante de defasagens de 13% e 21%, respectivamente.

O aumento segue a escalada de preços do petróleo no mercado internacional. Nesta sexta-feira, os contratos da commodity para agosto eram comercializados a US$ 119,5 o barril no período da manhã, pelo horário de Brasília.

O câmbio também não está ajudando e já ultrapassa os R$ 5, com a cautela dos investidores impulsionando a moeda norte-americana.

A alta dos combustíveis tem sido ponto de tensão entre a Petrobras e o governo. O presidente Jair Bolsonaro (PL) critica a companhia pelos altos lucros e distribuição de dividendos bilionários, inclusive para a União, e pedia para que novos reajustes não fossem realizados.

Pelo estatuto da estatal, um eventual prejuízo provocado pelo seu acionista controlador (União) tem que ser compensado, ou seja, para segurar os preços em relação ao mercado internacional, a União teria que pagar a diferença à Petrobras.

Nos últimos dias, outras autoridades ligadas a Bolsonaro vieram a público reclamar da estatal, como o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

*Com informações da Agência Estado