O Produto Interno Bruto (PIB) de Roraima atingiu o valor de R$ 21,1 bilhões em 2022, o que
representa um crescimento de 11,3%, o maior do Brasil. O destaque vai para a atividade agropecuária, que obteve um avanço de 28% em comparação a 2021. Os dados foram levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgados nesta sexta-feira (14), em uma coletiva de imprensa do Governo do estado.
Depois de Roraima, o ranking de crescimento foi seguido por Mato Grosso (10,4%), Piauí (6,2%), e Tocantins e Acre, ambos com 6%. Em 2022, o PIB do Brasil cresceu 3%, puxado pelo setor de serviços. No estado, esse setor e o da indústria também tiveram crescimento, naquele ano, de 8% e 20,5%, respectivamente.
“Tínhamos uma participação no PIB do Brasil, no setor de agronegócio, de 3%, mas agora é de 9%. Quando a economia cresce no setor produtivo, também aumentam os serviços, a construção civil e o comércio. Quando somamos o PIB de crescimento acumulado nos últimos seis anos, passamos de 38% de avanço”, afirmou o governador de Roraima, Antônio Denarium (Progressistas).
Apesar do crescimento de outros setores, a administração pública ainda é a atividade econômica com maior participação no Valor Adicionado Bruto (VAB) de Roraima, representando 47,1%. Isso indica uma economia dependente do funcionalismo público e dos investimentos governamentais. O VAB é o valor que cada setor da economia acresce ao valor final de tudo que foi produzido em uma região.
Nesse período, o PIB Per Capita de Roraima foi de R$ 33.152. Segundo o governador, o estado teve um aumento populacional significativo nos últimos anos, o que justificaria o número obtido. Nessa escala, Roraima ficou em 4° lugar, entre os estados do Norte e Nordeste, e é o 15° colocado no geral.
A perspectiva de crescimento para o estado em 2023/2024, segundo o secretário de Planejamento e Orçamento (Seplan), Rafael Faria, é de 38%. “Na prática, isso significa que se cada roraimense tinha R$ 1, ele passará a ter R$ 1,38, descontando a inflação. É algo muito bom para o estado, população e trará mais investimento”, disse.
Conforme o técnico do IBGE, Welisson Cordeiro, por meio dos dados, é possível mostrar como o estado recebe os investimentos públicos e privados, além dos impactos causados na população. “A cada pesquisa, a gente percebe que o cenário vai melhorando. As gestões utilizam os dados para praticar políticas públicas voltadas para melhorarem esses dados. Dessa forma, aumentam os investimentos nas escolas, na saúde, entre outros setores”, explicou.