Após o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) decretar estado de emergência zoossanitária no Brasil por 180 dias em virtude de casos de gripe aviária no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, o Governo de Roraima disse trabalhar em ações preventivas para detectar rapidamente qualquer registro no Estado que possa comprometer a produção avícola e prejudicar os produtores, a saúde pública e a economia.
“Ainda não existe nenhum caso no Estado, mas a Aderr [Agência de Defesa Agropecuária de Roraima] vem trabalhando desde o ano passado para preparar seus técnicos e criar mecanismos, em parceria com os produtores, de defesa da nossa avicultura para evitar e minimizar os danos que porventura venham a acontecer”, disse o presidente da Aderr, Marcelo Parisi.
A agência disse que, desde o ano passado, realiza uma série de ações para garantir a prevenção e a proteção do Estado, em razão do avanço da H5N1 no continente. Em dezembro, por exemplo, fez uma reunião com granjeiros e responsáveis técnicos para discutir o assunto.
Já em maio, a Aderr iniciou o registro de todas as granjas, pois elas precisam se adequar às medidas de biossegurança exigidas pelo Mapa para evitar a entrada e propagação de doenças no plantel, garantindo a segurança dos alimentos e saúde das aves, além do bem-estar dos trabalhadores.
As determinações preveem que a granja precisa possuir barreira sanitária, arcolúvio, pedilúvio, rodolúvio, barreiras naturais e físicas de contenção, muros, telas, galpões telados com malha de 2,5 milímetros, ter registro e entrada e saída de veículos, não autorizar a entrada de pessoas que não sejam funcionários da granja, controle vacinal do protocolo da granja desde a chegada de pintainhas até as aves de descartes.
“As granjas que não atendam essa determinação, deixaram de fazer o alojamento das pintainhas, não sendo mais possível renovar o plantel”, disse o chefe do Programa Estadual de Sanidade Avícola, Ronaldo Feitosa.