Alunos do ensino fundamental da Escola Estadual Fagundes Varela exploram ideias e conceitos sobre questões ambientais e culturais na feira de ciências escolar “Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais”. Durante a apresentação dos projetos, os estudantes abordam determinado tema socioambiental para associar a ciência e a tecnologia. A feira ocorreu nesta terça-feira, 22, durante os turnos matutino, vespertino e noturno.
Em um dos projetos, com o tema “Os Impactos Ambientais: Biodiversidade e Savanas de Roraima”, alunos abordam questões como a poluição do solo, preservação dos biomas, cuidados com a natureza e como ações humanas são responsáveis por irregularidades no solo.
O aluno Janderson Castro de 11 anos, destaca que durante o desenvolvimento do projeto foram feitas análises para diferenciar o solo do bioma roraimense e verificar os níveis de degradação da terra. “Conforme o estudo e a ajuda da nossa professora, nós observamos que as queimadas e o desmatamento pelo garimpo causam esse tipo de degradação na terra”, disse o aluno.
Outro integrante do grupo diz que a parte mais interessante em fazer a pesquisa foi entrevistar pessoas da área rural para saber suas vivências nesta parte do estado. “durante as entrevistas a gente descobriu que as pessoas sofrem bastante com as queimadas, com a fumaça, que é resultado da degradação do solo, e nós podemos ajudar porque esse é o objetivo do nosso trabalho, conscientizando a população pra não produzir as queimadas e poluir o solo”, disse Ismael Varela de 11 anos.
A diretora da instituição, Sinésia Rodrigues, diz que é muito importante a participação dos alunos em projetos com essa temática. “A nossa escola já vem com uma boa experiência nas feira de ciência estadual e nacional, então é ótimo que os alunos se interessem por esses eventos. A questão dos biomas já é um tema trabalhado em diversas instituições do estado, então vamos expor nossas ideias para lá na frente poder se classificar”, disse.
Destaques da Feira
Bioma Amazônico: Fauna em extinção
Durante pesquisa, alunos passam a investigar as principais espécies da fauna do bioma amazônico em extinção. Como medidas a serem tomadas para preservar a fauna, os estudantes destacam a conscientização do consumo de itens descartáveis, denunciar o desmatamento e tráfico de animais, comercio ilegal e a caça predatória.
“Eu acho muito importante esse projeto na escola, porque assim todos nós alunos e professores podemos aprender como proteger e preservar a nossa casa”, diz Israel Souza de 12 anos.
Grafismo Indígena na Geometria
A turma do 7 ano apresenta como a arte e a cultura indígena está inserida em questões matemáticas. Para abordar a tecnologia, é a apresentado o grafismo como forma de projeto experimental.
A aluna Ana Cristina Chacon, de 12 anos, explica como os elementos geométricos e a simetria das formas está inserida nas pinturas indígenas. “Além de mostrar como as tintas são feitas, com urucum e jenipapo, o nosso projeto mostra que além da beleza das pinturas, o grafismo indígena tem seu significado para aquela cultura e também tem relação com a matemática, com as formas geométricas”, disse a estudante.
Jogos de tabuleiros feitos a partir de material reciclável
A professora de artes Samela Ferreira, juntamente com alunos do 6 e 7 ano desenvolveram técnicas para reutilizar objetos do dia a dia como, tampas de garrafa pet e caixas de ovo, para trazer de volta aos alunos jogos de tabuleiros feitos a partir de materiais recicláveis.
“Esses materiais iam para a lixeira, então a gente reciclou todos pra fazer toda uma ligação com os jogos antigos, porque eu sei que hoje em dia é muito difícil encontrar alguém jogando uma dama no tabuleiro, Então eu achei muito importante pelo fato de ser algo reciclável e que faz ligação com o tema da nossa feira de ciências”, diz Mirela Silva, aluna do 7 ano.