CONTEÚDO PATROCINADO

Aulas de balé oferecidas pela ALE-RR combatem depressão e preconceito

Modalidade é disponibilizada gratuitamente pelo Poder Legislativo, por meio do Centro de Convivência da Juventude (CCJuv)

Aulas de balé são oferecidas gratuitamente pelo CCJuv — Eduardo Andrade/ SupCom ALE-RR
Aulas de balé são oferecidas gratuitamente pelo CCJuv — Eduardo Andrade/ SupCom ALE-RR

Clara Isabela Silva e Yorran Anderson da Silva Cruz Brito têm 11 anos de idade e uma coisa em comum: se dedicam às aulas gratuitas de balé do Centro de Convivência da Juventude (CCJuv) da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). Clara Isabela tem a atividade como uma aliada no enfrentamento da depressão, enquanto Yorran Anderson é um exemplo de combate ao preconceito de que meninos não devem frequentar as aulas de dança.

Clara Isabela diz estar feliz com as aulas de baléEduardo Andrade/ SupCom ALE-RR

“Eu amo muito o balé. Fazia acompanhamento com o psicólogo e estava entrando em um grau preocupante de depressão, e ele me disse que eu deveria fazer algum exercício, foi quando escolhi o balé, uma atividade muito legal e que acho impressionante. Quando estou ensaiando, fico animada e sinto muita felicidade. Dá trabalho, mas é possível seguir em frente. Depois do balé, é só alegria”, declara Clara Isabela, que também faz judô e ginástica rítmica. 

Os dois alunos fazem parte de um universo de 969 matriculados no curso de balé, divididos entre os municípios onde existem os polos do CCJuv. Parte das turmas se preparou nos últimos meses para uma apresentação que ocorrerá nos dias 5 e 6 de setembro no polo Buritis e no dia 11, no polo Senador Hélio Campos, em alusão ao dia do profissional do balé, celebrado em 1º de setembro. O evento vai ocorrer nesta semana em dois polos de Boa Vista.

Presidente da Assembleia Legislativa, deputado Soldado SampaioMarley Lima/ SupCom ALE-RR

“É emocionante ver a transformação que a Assembleia Legislativa proporciona na vida de meninos e meninas, de diferentes idades e classes sociais. O balé tem inúmeros benefícios físicos e mentais, ajuda na socialização dessas crianças e adolescentes, preparando cada um deles para um futuro promissor. Enquanto casa do povo, ficamos felizes porque é um trabalho que vem dando resultado”, disse o presidente do Legislativo, deputado Soldado Sampaio (Republicanos).

Não ao preconceito!

A história de Yorran Anderson é também interessante. Segundo a mãe do menino, Tchoilly Rayane, a criança treinava caratê e, após o término das aulas, esperava a tia, que fazia balé. Os movimentos e passos da dança despertaram a curiosidade de Yorran, que logo externou à mãe que gostaria de frequentar a turma. Tchoilly afirmou ao filho que apoiaria a decisão e matriculou o menino na turma de balé, que divide a rotina com o futebol, ofertado pelo CCJuv.

Tchoilly, mãe de Yorran Anderson, fala que apoia a decisão do filhoEduardo Andrade/ SupCom ALE-RR

“Eu disse: ‘Meu filho, quem sabe é você, tudo o que você quiser a mamãe vai te apoiar’. Eu vim, matriculei e ele começou a participar. Para mim é bom, porque é importante apoiar o nosso filho, ter o apoio dentro de casa, principalmente por causa do preconceito, porque para muitas mães e colegas, o balé é só para quem não é hétero, acham que é apenas para homossexuais, e muitos meninos deixam de fazer pelo preconceito, porque ficam desanimados”, declarou emocionada, que ouviu do filho: “Me sinto feliz”.

Ensaios para apresentação ocorrem há semanasEduardo Andrade/ SupCom ALE-RR

O balé surgiu na Itália há mais de 500 anos, como forma de dar ainda mais vida às apresentações teatrais. Os passos e movimentos dramatizaram as histórias contadas pelos atores, cresceram com o passar dos séculos e atraíram milhões de pessoas ao redor do mundo, influenciando gerações e emocionando diferentes públicos. As aulas no CCJuv, por exemplo, não se resumem apenas a roupas bonitas, maquiagem ou cabelos bem-feitos, como afirma a professora de balé Marciely Barroso.

Professora Marciely fala dos benefícios do baléEduardo Andrade/ SupCom ALE-RR

“Posso caracterizar o balé em três fases: emocional, física e de interatividade pessoal. Quando falamos de emocional, trazemos para dentro da sala de aula o sentimento de expressar aquilo que se sente através da música. Muitos chegam tímidos e o balé ajuda a despertar essas emoções. Em relação ao físico, falamos da perda calórica, dos movimentos musculares, e a interação pessoal, pois elas aprendem a lidar com as pessoas”, enfatizou Marciely.

Incentivo familiar

No caso de Clara Isabela, o apoio da família é fundamental para ela seguir firme na dança. A avó da menina, Aparecida Oliveira, sempre a acompanha nas aulas e comenta ser importante observar como a neta evoluiu a partir da atividade.

Aparecida, avó de Isabela, afirma que família apoia a criançaEduardo Andrade/ SupCom ALE-RR

“Em casa, ela é a única criança, então a incentivamos a realizar o sonho. Tem dias que ela está cansada, não quer ir, mas a gente fala para ir. A Isabela era mais estressada, acredito que por causa da ansiedade, fechada, mas hoje ela está bem melhor. O balé ajudou muito. Quando vejo ela dançar, fico até sem palavras”, enfatizou Aparecida, ao acrescentar que, em casa, a criança ensaia os passos da apresentação.

Há vagas?

O CCJuv, cujo polo principal fica na sede da Superintendência de Programas Especiais, no bairro Buritis, oferece diferentes atividades para populaçãoNonato Sousa/ SupCom ALE-RR

Para saber se existem vagas no Centro de Convivência da Juventude e para quais modalidades, você pode ligar para o Call Center da Assembleia Legislativa: 0800 006 0670. É possível obter informações na sede da Superintendência de Programas Especiais, situada na Avenida Ataíde Teive, nº 3510, bairro Buritis, zona Oeste de Boa Vista. 

O Centro oferta diversas modalidades como violão, ginástica rítmica, futebol, judô, jiu-jitsu, zumba, capoeira, breakdance, coral, k-pop, caratê e teatro. Para matrícula de crianças e adolescentes, são necessários os seguintes documentos: cópia do RG e CPF do aluno e dos pais, comprovante de residência, declaração escolar atualizada e foto 3×4. Para o público adulto, basta levar cópias do RG, CPF, comprovante de residência e uma foto 3×4. Mais informações neste link.

Leia a Folha Impressa de hoje