Hoje é comemorado o Dia do Contador e ao contrário de inúmeras áreas que estão perdendo espaço no mercado de trabalho, o ramo da Contabilidade está em plena expansão e tem sido cada vez mais um campo atrativo para quem quer ingressar no ensino superior.
Para homenagear o profissional que é responsável pela saúde financeira de qualquer negócio, a FolhaBV conversou com um recém-egresso do curso de Ciências Contábeis, que mudou sua realidade por meio dos estudos e, antes mesmo de formado, foi contratado por uma renomada empresa local.
Fernando Ayala Gonzales, 26 anos, é peruano e veio para Roraima exatamente em busca de formação profissional por meio da graduação. O pai já morava no estado e trabalhava como feirante. Até para ajudar com o pagamento do curso, Ayala trabalhou por algum tempo vendendo abacaxi na banca do pai. Isso porque, Fernando até tentou concorrer a bolsa do ProUni, no entanto, por não ser ainda naturalizado, não era possível se inscrever.
“Aí veio aquela tristeza, mas não desisti. Procurei na internet uma faculdade próxima a minha casa e encontrei a Estácio que estava oferecendo bolsas de desconto. Foi aí que consegui iniciar meu curso”, lembra.
Ayala lembra que sempre gostou da área financeira. “Sempre foi minha paixão e graças a Deus hoje estou formado e trabalhando na área que me formei”, comemora.
Para entrar no mercado de trabalho foi ainda na faculdade que deu os primeiros passos na Contabilidade profissional. Ele lembra que surgiu uma oportunidade de estágio e entendeu que seria o momento para começar a testar seus conhecimentos e conhecer o mundo prático do dia a dia de um contador.
Atualmente, Fernando é contratado de carteira assinada na empresa onde fez seu estágio ainda estudante. Ele atua no setor contábil da Rezende Caminhões e Ônibus, que faz parte do grupo Rezende, que vende veículos de grande porte, peças e serviços e possui filiais em estados da Região Norte.
Fernando Ayala colou grau em 2023.2, mas já tinha concluído o curso ano passado. O coordenador do curso da Estácio, professor Eduardo Merlim, lembra que levou mais de 7 meses para estar apto para a colação, uma vez que precisou regularizar sua documentação no Brasil, e precisou voltar ao Peru para resgatar seus documentos pessoais.
“É um orgulho para nós fazermos parte da trajetória de cada um dos nossos alunos e Fernando é um exemplo da grande maioria de estudantes que enfrentam dificuldades, mas não desistem até concluir sua faculdade”, completou.