INTEGRAÇÃO

Idosos do Programa da UERR participam de aula de musicalização

Atividade estimula a criatividade e as emoções, facilitando o aprendizado

A oficina foi ministrada pelo educador musical Édney Márthns, idealizador do projeto Musicalizarte. (Foto: Comunicação/UERR)
A oficina foi ministrada pelo educador musical Édney Márthns, idealizador do projeto Musicalizarte. (Foto: Comunicação/UERR)

No mais recente encontro do Programa Social de Extensão à Pessoa Idosa da Universidade Estadual de Roraima (UERR), a escritora Joseani Vieira, de 62 anos, recém-integrada ao projeto, se surpreendeu com a aula de musicalização. “E como o professor nos conduziu com alegria, esse foi o sentimento que permaneceu em nós. Foram muitos elogios no nosso grupo do WhatsApp. Então, esse sentimento, essa sensação boa não foi só da minha parte”, relatou Joseani.

Durante a aula, os participantes perceberam que qualquer material pode se transformar em instrumento musical. Para Joseani, a arte tem o poder de estimular as emoções. “Foi ótimo. Poucas vezes vi meus colegas tão concentrados em uma atividade. Creio que, assim como eu, eles saíram da aula realizados”, celebrou. Inspirada pela experiência, ela escreveu uma poesia sobre o sábado inesquecível, disponível ao final desta postagem.

A oficina foi ministrada pelo educador musical Édney Márthns, idealizador do projeto Musicalizarte. Segundo ele, a música está em toda parte e pode exercer forte influência em nossas vidas. “A musicalização melhora a parte motora, o desenvolvimento cognitivo, entre outros benefícios. O ritmo, a harmonia e a melodia são ferramentas na melhoria da saúde física e emocional”, explicou.

No programa para idosos da UERR, a musicalização visa estimular mudanças positivas no comportamento emocional dos integrantes. “É uma atividade que objetiva a construção do conhecimento através da música com a ajuda de materiais não convencionais. Às vezes, por exemplo, não sabemos o som que determinado objeto pode produzir, como o papel que pode gerar o som da chuva”, detalhou Márthns.

Folhas de papel, o braço da cadeira e até o corpo humano foram utilizados para produzir sons durante a aula, que explorou a criatividade dos participantes. “Buscamos despertar o gosto pela música e estimular a criatividade. Fazer coisas novas estimula a criatividade e traz inúmeros benefícios para a saúde”, ressaltou Márthns, que é pedagogo, graduado em Música e pioneiro na introdução da musicalização em Boa Vista.

Sábados de Aprendizado e Ensinamentos

Joseani Vieira, uma carioca radicada em Roraima, é integrante da turma de 2024 do Programa Social de Extensão à Pessoa Idosa da UERR. Considerada “novata” no projeto, ela afirma que pretende se tornar veterana. “Estou gostando muito. O acolhimento, tanto dos alunos veteranos quanto dos professores e funcionários, é maravilhoso. Nós nos sentimos muito valorizados, temos um espaço de escuta”, destacou.

A iniciativa, coordenada pelo Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI/UERR), oferece gratuitamente oficinas em diversas áreas do conhecimento, como saúde, educação, lazer, informática e legislações, para pessoas com 60 anos ou mais. “São oficinas de nosso interesse, assuntos de acordo com nossas demandas. É muito importante perceber que, mesmo estando na terceira idade, temos muita coisa para aprender e contribuir”, ressaltou Joseani.

Para ela, o programa representa um espaço de empoderamento e realização. “A gente percebe que pode falar das próprias histórias (temos bastante coisas para contar), e que é ouvido, o que é muito importante. Todos nos tratam com muito carinho. É um local onde somos bem recebidos, recebemos afeto e somos respeitados. Sabemos que ali não estamos apenas preenchendo nosso tempo, mas recebendo ferramentas de crescimento pessoal”, concluiu.