Professoras de RR ganham prêmio nacional sobre educação racial e de gênero

Foram selecionados 16 trabalhos finalistas e eleitas oito propostas na categoria Prática Docente. Cada uma levou o prêmio de 7 mil reais, além de livros na temática de equidade racial e de gênero na educação básica

Finalistas de diversos estados brasileiros estiveram presentes na cerimônia do Prêmio, que busca identificar e valorizar práticas pedagógicas exitosas de professoras e gestoras da educação básica (Foto: Arquivo Pessoal)
Finalistas de diversos estados brasileiros estiveram presentes na cerimônia do Prêmio, que busca identificar e valorizar práticas pedagógicas exitosas de professoras e gestoras da educação básica (Foto: Arquivo Pessoal)

As professoras Shirlei dos Santos e Hsteffany Pereira, que atuam na Educação de Jovens e Adultos (EJA) e no ensino fundamental em Boa Vista, ganharam o 9º Prêmio Educar com Equidade Racial e de Gênero, que celebra projetos educacionais que debatem essas questões nas escolas do país. Os projetos Mulheres que fazem história mas não estão nos livros de história e A Terra de Macunaíma pede Socorro!, foram dois dos trabalhos ganhadores.

Foram selecionados 16 trabalhos finalistas e eleitas oito propostas na categoria Prática Docente. Cada uma levou o prêmio de 7 mil reais, além de livros na temática de equidade racial e de gênero na educação básica.

A professora Shirlei dos Santos, que atua com a EJA na escola municipal Franscisco de Souza Bríglia, realizou o projeto ‘A Terra de Macunaíma pede Socorro!’ com cerca de 35 alunos de duas turmas. Segundo ela, a intenção do projeto é sensibilizar as pessoas para a necessidade de mudanças frente à questão do garimpo ilegal nas terras indígenas Yanomami, promovendo ações e campanhas educativas, que valorizem os povos indígenas e o resgate da identidade.

“Receber um prêmio nacional pelo trabalho que venho desenvolvendo de sensibilização que devemos respeitar e amar os povos indígenas é sensacional! Todos tem direito a uma vida digna!”, relatou a professora emocionada.

A professora Edilamar dos Santos Soares e a Cuidadora Francimara Barbosa Gomes participam do projeto junto com Shirlei (Foto: Arquivo Pessoal)

Com o feito, este se tornou o quarto prêmio educacional de Shirlei, que atua na Educação de Jovem e Adultos há 12 anos.

Já a professora Hsteffany Pereira, apresentou o projeto Mulheres que Fazem História Mas Não Estão nos Livros de História, com cinco turmas do 7º ano do ensino fundamental, da Escola Estadual São José. Ela explica que o objetivo do projeto foi chamar a atenção para diversos pontos como: violência contra a mulher, aumentar o repertório de mais mulheres protagonistas de suas histórias e conhecer a história das mulheres das famílias das alunas e alunos.

“Foi um misto de emoções. Representar o estado de Roraima, representando uma escola pública em uma premiação nacional, na maior premiação da educação antirracista foi muito significativo. Dá muita esperança. É saber que apesar de tantos desafios diários conseguimos fazer a diferença. Viva a escola pública! Que é um espaço para todas e todos”, relatou a professora, emocionada.

Professoras durante o evento (Foto: Arquivo Pessoal)

O projeto Mulheres que fazem história mas não estão nos livros de história, teve parceria do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) do curso de história da Universidade Federal de Roraima (UFRR), que deu suporte para as turmas na produção de um e-book. O projeto também ganhou a produção de um documentário, produzido pela Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR).

Leia a Folha Impressa de hoje