Após o imbróglio que se formou em torno da definição da chapa majoritária, a governadora Suely Campos (PP) tenta combater, agora, um incêndio na base por conta das coligações proporcionais. O deputado estadual Joaquim Ruiz (PDT), importante aliado do governo atual, teria sido deixado de fora da disputa nas próximas eleições e pode desistir da candidatura e ir para a oposição.
O imbróglio ocorreu por conta da formação da coligação para deputado estadual que inclui os partidos PP/PDT/PCdoB, onde Ruiz teria tido sua candidatura barrada pelo colega de Assembleia Legislativa, o deputado estadual Soldado Sampaio, que preside o PCdoB em Roraima.
Ruiz é tido como um deputado atuante que tem um registro de projetos e lutas como a implantação do curso de medicina na UERR. A reportagem da Folha procurou o parlamentar para saber sobre o veto a sua candidatura na coligação e, apesar de não esconder sua decepção com a falta de apoio que recebeu no grupo governista, disse que prefere não se pronunciar e só vai falar quando terminar o prazo do registro de candidaturas. “Eu não faço política como eles fazem. É uma diferença muito grande. Tenho uma história pública em Roraima com legado a várias gerações e vou respeitar isso”, garantiu.
OUTRO LADO – Em conversa com a Folha, o deputado estadual Soldado Sampaio explicou que dentro da base governista existem três coligações para deputado estadual: do PR e PRTB; Podemos e PHS; PP e PCdoB.
“O diferencial é que na Coligação PP e PCdoB tem três deputados com mandatos: eu, Ângela e Brito Bezerra. Nas outras coligações, só tem um deputado com mandato e não sei por que cargas d’água em lugar do PDT construir a coligação quer participar da nossa congregação, sendo que nossos candidatos não aceitam quatros candidatos com mandato. O partido tem um processo democrático de decisões e entendemos que a Coligação com o PP não é ideal, mas se colocar o PDT com Joaquim se torna inviável”, explicou Sampaio.