Candidatos ao Governo falam sobre  preservação de museus e da fauna

Os candidatos ao Governo de Roraima falaram em entrevista à Folha sobre a questão da preservação arquitetônica, criação de museus e de possíveis zoológicos. Eles explicaram quais as prioridades existentes nos planos de governo para esses programas. Confira o posicionamento de cada um dos candidatos ao Governo:

José de Anchieta (PSDB) – “Tenho a consciência da importância que o Governo deve dar à preservação e manutenção do patrimônio arquitetônico, histórico e cultural. Se eleito, vou trabalhar para a consolidação de uma política de proteção de acervos. Entre as minhas propostas de governo estão o resgate e defesa da memória cultural estadual, inclusive com a revitalização de prédios públicos, por exemplo, o Teatro Carlos Gomes, Casa da Cultura, Escola de Música e Palácio da Cultura Nenê Macaggi.”

Suely Campos (PP) – “Em relação ao museu, o Iacti [Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação] está com projeto pronto e está trabalhando na captação de recursos através da Lei Rouanet para recuperar a estrutura física que está comprometida em razão do abandono da gestão passada. O acervo, composto por 15 mil itens, encontra-se conservado e protegido por câmeras, sistema anti-incêndio, alarmes e será aberto para visitação do público ainda este mês, no prédio anexo ao Iacti, no Parque Anauá. Importante frisar que Roraima é o segundo estado mais preservado do país, com 66% de extensão territorial protegido por terras indígenas e unidades de conservação federais e estaduais, o que garante a preservação da biodiversidade. Por conta disso, e embora os zoológicos tenham sua importância como lazer e aprendizagem, esse não é um investimento prioritário no meu plano de governo, pois no meu segundo mandato manterei como prioridade a saúde, educação e segurança pública”

Antônio Denarium (PSL) – “No momento, não são prioridades dentro do meu plano de governo. As minhas propostas como candidato ao Governo são focadas em ações voltadas para áreas consideradas essenciais, como saúde, segurança, educação, desenvolvimento social e infraestrutura, como a interligação de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN), resolvendo de vez o problema energético do Estado. Quanto à preservação da fauna e flora, buscarei ampliar parcerias entre órgãos do governo estadual e federal, para desenvolver ações visando proteger as espécies nativas do nosso Estado”

Fábio Almeida (PSOL) – “O debate em torno da construção do zoológico em Roraima ainda não passou pelo meu planejamento de governo por conta das perspectivas e prioridades. Vamos investir na observação de animais na natureza a fim de que nós possamos até mesmo fortalecer o nosso setor de turismo ecológico. Temos tamanduá-bandeira, tatu-bola, dezenas de animais que podem ser observados na natureza. Acredito que esse é um caminho que nós pretendemos discutir com o setor de turismo e com as comunidades indígenas. Com relação à preservação arquitetônica nós temos sim a perspectiva de investir na preservação da memória imaterial do Estado de Roraima, tendo em vista que esses Marcos Históricos são importantes na construção de nossa sociedade. Então pretendemos sim investir na preservação arquitetônica com os recursos de incentivo à cultura, que vamos passar de 0,3% para 1% do ICMS destinando para a valorização e o fomento das manifestações culturais, além de desenvolver um grande programa de preservação ambiental das nossas florestas”

Telmário Mota (PTB) – “Acho fundamental a criação de um zoológico e fazer a preservação arquitetônica e da nossa Flora e da nossa Fauna, mas isso nós temos que buscar em parceria com a iniciativa privada, pois temos outras prioridades. O nosso estado hoje é o estado mais pobre do Brasil, com o maior número de pessoas abaixo do nível de extrema pobreza, temos uma energia muito cara que inviabiliza qualquer tipo de incentivo de empresas que querem investir aqui, e está faltando em nosso Estado emprego. Então a nossa força, nossa energia vai ser muito voltada para isso, para a gente mudar nossa matriz econômica, ter uma máquina enxuta, uma máquina transparente e eficiente que atenda as necessidades de nossa população e ter o foco de fortalecer o setor produtivo”.