FABRÍCIO ARAÚJO
Editoria de Política
Junto ao registro de candidatura, os candidatos a presidente e governador precisam apresentar o documento de plano de governo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que contém as propostas de como cada um pretende governar, caso seja eleito.
Os documentos são públicos e podem ser acessados no site do TSE pelo endereço (divulgacandcontas.tse.jus.br/divulga/).
Alguns planos contêm propostas específicas para esporte, lazer, direitos humanos, mulheres e cidadania. A Folha resumiu os principais pontos de cada plano de governo em relação à economia, educação, saúde e segurança:
José de Anchieta (PSDB)
(Foto: Divulgação)
É o candidato com o plano mais extenso. O documento tem o total de 36 páginas. Seu projeto para a economia traz uma visão de desenvolvimento econômico regional, afirmando que dará atenção às regiões mais fragilizadas de Roraima. Destaca ainda a articulação com os governos municipais afirmando que irá investir na geração de emprego, renda e oportunidades. Sobre a educação, o plano diz que haverá ampliação das escolas militarizadas e que tentará buscar recursos financeiros junto ao Governo Federal para modernização das escolas com instalação de bibliotecas e laboratórios com acesso à internet. Em relação à saúde, o candidato pretende implementar a valorização de profissionais, levar para todo o Estado o programa integral de saúde da mulher e da criança e dar atenção à política de prevenção ao uso de drogas.
Na área da segurança pública, o combate ao uso de drogas também ganha destaque. Entre as diretrizes estão a repressão à entrada de drogas no Estado e criação de leitos para tratamento de dependentes químicos.
Antonio Denarium (PSL)
(Foto: Divulgação)
Na economia, o candidato promete ampliar, regulamentar e monitorar o programa “Crédito Cidadão”. O documento também diz que haverá integração e desenvolvimento da agricultura indígena, familiar e empresarial com objetivo de criar novos postos de trabalho, pois só assim “a máquina que move a economia começa a girar novamente”.
Para a educação, Antonio Denarium promete cumprir os direitos assegurados nos Planos de Carreira dos profissionais da educação, também dá garantia a todos os alunos da zona rural ao transporte escolar e promete ampliação da oferta de vagas em escolas militarizadas, além da distribuição de fardamento gratuito para o modelo militarizado de escola.
Na saúde, o candidato fala em instalar equipamentos e adequar o Hospital Geral de Roraima imediatamente, construir clínicas especializadas em atendimento para mulheres em regiões estratégicas e a ampliação e modernização do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth.
Para a segurança, as propostas são criar um aplicativo de celular, para uso da população, que enviará sinal de socorro à Polícia Militar, integração das Polícias Civil e Militar, intensificação da Polícia nos bairros com uma ronda mais ostensiva, e equipar os policiais com tecnologia de ponta e ter um controle rigoroso na fronteira para que todos os imigrantes sejam vacinados e instalação de campos de refugiados pelo Exército.
Fábio Almeida (PSOL)
(Foto: Divulgação)
O candidato da Frente de Esquerda Socialista tem o documento mais curto entre todos os candidatos ao Governo de Roraima. O plano contém apenas duas páginas em que candidato apresenta se é favorável ou desfavorável em relação a áreas prioritárias do Governo do Estado. Em relação à economia, o candidato se mostra contra qualquer proposta de privatização de serviços ou bens públicos, defende uma reforma tributária que desonere produtos de necessidades básicas e propõe uma auditória da dívida pública para cancelar todos os contratos que apresentem superfaturamento.
Sobre educação ele se mostra contrário à militarização das escolas e defende que a educação seja pública, plural e de qualidade. Também diz ser favorável a uma saúde pública universalizada, gratuita e de qualidade, além de propor a implementação de um programa para recuperação de pessoas com dependências químicas. Acredita que o melhor seja uma segurança pública comunitária, desmilitarizada, humanizada e com força de comando único, além do fim do uso político de forças de segurança e prioridade ao combate do crime organizado e a corrupção.