Ao contrário do esperado, o dia 7 de outubro não registrou grandes ocorrências em relação a crimes eleitorais. Em comparação com as Eleições Gerais de 2014, houve uma queda de 70% de crimes registrados, segundo a Polícia Civil. Para reforçar a segurança, mil policiais militares trabalharam na capital e no interior, contando com a parceria da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público Federal (MPF) e também com atendimento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR).
Conforme destacou o coronel Elias Santana, do Comando de Policiamento da Capital (CPC) da Polícia Militar, apenas duas ocorrências foram registradas em Boa Vista, ambas por conta de fotos dentro das cabines de votação. Os eleitores que cometeram a prática criminosa foram flagrados pelos mesários, sendo um deles suspeito de compartilhar a imagem em um grupo do WhatsApp, conduzidos para a Polícia Federal, onde foram ouvidos e assinaram um termo circunstanciado e posteriormente foram liberados.
“A operação começou às 20h do sábado, em que alguns policiais foram destinados para cobrir 45 seções em locais considerados mais críticos. O mais difícil foi a demora no fechamento dos votos, pois a Escola Estadual Ulysses Guimarães foi a última a ser fechada, por volta das 21h. Não tivemos outros tipos de crimes, apenas vimos pessoas discutindo verbalmente e por ideologia partidária”, relatou o coronel.
INTERIOR – No interior de Roraima, a Polícia Civil registrou cinco ocorrências por crimes eleitorais, com ênfase em boca de urna. Um caso de condução ocorreu em Normandia e um no Uiramutã, os dois levados para a Polícia Federal. Rorainópolis, no sul do estado, foi o município que mais teve casos, com três ocorrências envolvendo possíveis crimes eleitorais.
De acordo com a Polícia, duas pessoas foram presas em flagrante por estarem com R$ 3.300 em espécie, que serviria possivelmente para a compra de votos. Junto com o dinheiro, foi apreendida também uma grande quantidade de santinhos. Os suspeitos pagaram fiança e foram liberados.
Ainda em Rorainópolis, outras duas pessoas foram detidas com R$ 9.100 em espécie que eram de origem duvidosa e não tiveram a informação comprovada à autoridade policial do município. As pessoas foram liberadas e o dinheiro ficou sob tutela policial. Outro caso parecido também foi registrado em Rorainópolis, em que três pessoas foram presas com R$ 4.227, em que os suspeitos não souberam explicar a origem do dinheiro. Também foram liberados e a quantia apreendida.
Os casos registrados no município de Rorainópolis estão sendo investigados, na busca de localizar a origem do dinheiro, o provável destino e o envolvimento de mais pessoas. O coronel Lindolfo Bessa, comandante do Comando do Policiamento do Interior (CPI) da Polícia Militar, informou que a redução de crimes foi drástica.
“Por serem municípios de pequeno porte, o efetivo era feito nas vias públicas das cidades mesmo, perto dos locais de votação. Mas o número de crimes foi bem menor que anteriormente, sem dúvidas. No segundo turno, vamos manter a mesma estrutura que teve nesse primeiro turno, com o mesmo efetivo e a mesma logística”, completou. (A.P.L)