FABRÍCIO ARAÚJO
Colaborador da Folha
O grupo em defesa da democracia de Roraima publicou uma carta em apoio à candidatura de Fernando Haddad à Presidência da República (PT) no segundo turno das Eleições 2018. O ato foi organizado por grupos políticos e sociais na tarde de ontem, 18, na sede da Fetrafer.
A carta foi construída pelo PT, PSOL, PCB, PCdoB, PV e Rede com a proposta de refletir o atual período eleitoral, defender o regime democrático e servir como ato de campanha do candidato do Partido dos Trabalhadores em Roraima. Além da carta, quem esteve no evento pôde adesivar o carro.
Até o dia 27 de outubro, o grupo organizará outras atividades para fortalecer a candidatura de Fernando Haddad em Roraima. As ações variam entre panfletagem, rodas de conversas, bandeirada e carreata. “Esse ato foi para dizer um não a Bolsonaro, foi mais um “ele não” e que estamos dizendo um ‘sim’ à democracia, um ‘sim’ a Haddad e a carta em defesa da democracia e dos movimentos sociais”, explicou o secretário de comunicação do Partido dos Trabalhadores em Roraima, Marlison Angelo.
Além dos representantes locais dos partidos, o evento contou com a presença do dirigente nacional do PT, que ajudou a organizar o evento, e por representantes de sindicatos dos trabalhadores rurais. “Tivemos uma boa participação da comunidade e obtivemos a participação esperada das lideranças políticas que se posicionaram contra a candidatura do PSL”, frisou.
A CARTA – A carta inicia com duas frases, uma de Albert Einstein e outra de Nelson Mandela, ambas declarações sobre a democracia.
“Vivemos um grave momento na história do Brasil com uma ameaça concreta à democracia, às liberdades individuais e coletivas. É triste verificar gente indo embora porque deixa de acreditar que pode ser feliz em nosso país. Essa não pode ser a saída. Que futuro tem os jovens sem esperança e perspectiva de emprego? Mulheres sendo vítimas e sentindo medo da violência e da insegurança; ganhando menos que os homens”, diz um trecho da carta.
Para os partidos, as Eleições 2018 mostraram uma realidade nunca vista antes, em que candidato e eleitores se beneficiam de notícias falsas para promover ataques e alavancar a própria campanha. Também é dito que um presidente não pode ser escolhido por revanchismo político e com ausência de um debate para mostrar propostas. “Por estas razões a Frente Roraima em Defesa da Democracia se posiciona contra o retrocesso e favorável à campanha de Haddad”, concluiu. (F.A)