Os três partidos que compuseram a Frente de Esquerda Socialista de Roraima (PSOL, PSTU e PCB) declararam que não apoiarão nenhum dos candidatos ao Governo de Roraima para o segundo turno. Em relação à concorrência à presidência do país, os partidos seguirão as recomendações nacionais.
O candidato ao Governo Fábio Almeida (PSOL), que ficou no quarto lugar, com 4,28% de votos (11.480), fez críticas tanto a Anchieta (PSDB), quanto a Denarium (PSL), deixando claro que nenhum dos dois receberá o apoio de seu partido. “O posicionamento do PSOL é contra as duas candidaturas. Não iremos apoiar nenhuma porque representam partidos que atingiram diretamente a classe trabalhadora, apoiaram a PEC do teto que atinge o Estado de Roraima diretamente, apoiaram a reforma trabalhista, apoiam a reforma da Previdência e atingem diretamente os trabalhadores, além disso, os programas apresentados vão de encontro a programa apresentado por nós”, disse Fábio Almeida.
Lourival Gomes (PSTU), que tentou a candidatura ao Senado, disse que o partido terá o mesmo posicionamento do restante da chapa porque as candidaturas ao governo “estão na mesma cozinha”. “Nós fazemos parte de uma frente aqui em Roraima, decidimos partidariamente não apoiar nenhuma candidatura aqui no Estado porque não concordamos com o modelo de política dos dois partidos. O próprio Anchieta falou em um programa de rádio que ele discutia a política de Roraima na cozinha dele com o Denarium, se são todos da mesma cozinha, então nós não vamos fazer parte”, afirmou Lourival.
O PCB de Roraima divulgou uma nota em que também afirmou que não dará apoio a nenhuma candidatura ao Governo, mas conclamou todos os trabalhadores e trabalhadoras a se organizarem junto aos seus coletivos, sindicatos e organizações política e social, para enfrentar seja qual candidato ao governo for eleito.
Quanto aos presidenciáveis, os partidos seguirão a recomendação de suas direções nacionais. PSOL e PCB darão apoio a Fernando Haddad (PT) para evitar Jair Bolsonaro (PSL) e o PSTU não participará de nenhuma militância em prol do PT, mas recomenda que os eleitores não votem em Bolsonaro, postura similar a do PSOL nas eleições de 2014, que não declarou apoio nenhum, mas recomendou que a militância do partido não votasse em Aécio Neves (PSDB).
Fábio Almeida disse que o PSOL de Roraima seguirá a recomendação nacional e apoiará Fernando Haddad, em virtude da candidatura de Jair Bolsonaro. “A candidatura [do PSL] aponta para a retirada de direitos, para a perseguição às religiões de matrizes africanas, a homossexuais, a indígenas como ele mesmo falou em Roraima de que se for presidente não haverá um centímetro de terras seja para indígena ou quilombolas, é uma candidatura que aponta atrasos e nós iremos construir o apoio ao Haddad aqui em Roraima contra a ditadura e contra o fascismo”, afirmou Fábio Almeida.
“O PSTU está chamando voto no Haddad contra o Bolsonaro, isso significa que não faremos nenhum ato de apoio ao Haddad, mas não vamos votar no Bolsonaro e nem chamar o voto nulo”, falou Lourival Gomes sobre a postura do PSTU nacional.
O PCB divulgou seu posicionamento sobre as candidaturas à presidência também através de nota e disse que diante dos ataques que a classe trabalhadora vem sofrendo, como a retirada de vários direitos trabalhistas, aprovação da “PEC da Morte”, congelamento de recursos por mais de 20 anos nas áreas da educação, saúde e principalmente com o avanço do “fascismo” e seus seguidores neoliberais; o Partido Comunista Brasileiro orienta toda a sua militância, amigos e simpatizantes a dar apoio e voto crítico à candidatura de Fernando Haddad à presidência da República.