Institutos de pesquisa erram na previsão dos eleitos em Roraima

Quem estava acompanhando os dados do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE) tomou um susto com o resultado das eleições em Roraima. É que os relatórios de intenção de voto tiveram uma alta margem de erro, colocando inclusive o candidato mais votado ao Governo do Estado em segundo lugar nas pesquisas.

Segundo a pesquisa divulgada pelo Ibope na sexta-feira, 5, o candidato José de Anchieta (PSDB) tinha 47% da intenção de votos, enquanto Antonio Denarium (PSL) tinha 35%. Ao final da apuração de votos, a situação se inverteu, com Denarium aparecendo em primeiro com 42% e Anchieta com 38%. 

A previsão se manteve para a atual governadora Suely Campos (PP), mas teve uma pequena alteração para os candidatos Fábio Almeida (PSOL) e Telmário Mota (PDT). Com isso, Fábio subiu para a quarta colocação e Telmário caiu para o quinto lugar, com o menor número de votos.

Para o Senado, outra surpresa: a candidata Ângela Portela (PDT), que aparecia em segundo lugar com um percentual de 18% na intenção de votos e garantia a reeleição, caiu para a quarta colocação com 13%. Os outros candidatos de maior relevância, Chico Rodrigues (DEM), Mecias de Jesus (PRB), Romero Jucá (MDB) e Luciano Castro (PR), mantiveram a previsão ou a margem de erro prevista, com uma alteração de aproximadamente 2%.

Na intenção de voto para a presidência da República, a margem de erro do Ibope se manteve para os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), mas sofreu alterações no posicionamento de Geraldo Alckmin (PSDB) que saiu de quarto para terceiro mais votado, ocupando o lugar de Ciro Gomes (PDT) e o crescimento não previsto de João Amoêdo (Novo) que saiu da 9ª para a 5ª colocação.

Nas pesquisas, Denarium aparecia em segundo lugar, mas surpreendeu ficando em primeiro (Infográfico: Jornal Folha BV)

PARA O 2º TURNO: RECOMENDAÇÃO É QUE O ELEITORADO PESQUISE PLANOS DE GOVERNO

A previsão é que a disputa em 2º turno ao Governo seja muito competitiva, exigindo um esforço maior de Anchieta já que o eleitorado tende a manter o apoio ao candidato do PSL, por conta da massiva votação em Bolsonaro.

A recomendação do cientista político Roberto Ramos para quem já tem seu candidato convicto e daquele que terá que mudar sua opção no segundo turno é a mesma: que o eleitor preste uma atenção redobrada aos projetos de cada um dos candidatos no setor que mais o atinge, seja ele, na área de geração de emprego, questão energética ou segurança pública.

A população deve pesquisar e não ficar satisfeita com medidas simples e pouco aprofundadas, recomenda Ramos. “A gente sabe que só contratar mais policiais não resolve o problema da segurança, tem que ter um plano de gestão. O eleitor tem que ficar atento para ele poder fazer a sua escolha”, completou. (P.C.)