Dois políticos de Roraima, a senadora Ângela Portela e o deputado federal Jhonatan de Jesus, se pronunciaram a respeito da situação pela qual passam os venezuelanos em Roraima.
A senadora Ângela Portela (PDT) acusou o governo federal de não ajudar os roraimenses na crise provocada pela entrada de milhares de refugiados venezuelanos. Ela comentou o fechamento, por breve período, da fronteira por ordem judicial. A senadora destacou que a governadora Suely Campos vem cobrando medidas concretas há mais de um ano, mas muito pouco foi feito pela administração do presidente Michel Temer.
Já o deputado federal Jhonatan de Jesus (PRB) disse que a decisão do Juiz Federal Hélder Girão Barreto, apesar de ter vigorado apenas por algumas horas, colocou uma luz sobre a crueldade dos problemas gerados para venezuelanos e brasileiros, em função do fluxo migratório desordenado que já despejou em Roraima – segundo ele – cerca de 150 mil pessoas das quais pelo menos 100 mil permanecem na capital Boa Vista e em outras cidades do interior.
“Nem o Governo Federal, nem qualquer outro órgão está preocupado com os problemas causados por isso, apenas querem aparecer ‘bem na foto’ diante da opinião pública internacional”, afirmou.
Jhonatan disse que há cerca de dois anos ocupou a tribuna da Câmara Federal para alertar ao Governo Federal e às autoridades de um modo geral e a imprensa de que Roraima estava caminhando para se transformar em um caos em função do fluxo migratório desordenado que acontecia naquele momento. “Naquela época havia cerca de 10 mil venezuelanos nas ruas de Boa Vista e no interior, em números oficiais, e hoje esse número não é menor que 120 mil”, assegurou.
O deputado diz que vai continuar cobrando do Governo Federal e dos demais membros do Congresso Nacional, em especial dos três senadores de Roraima que adotem uma posição, que se pronunciem para que esse problema seja resolvido. “Precisamos buscar uma solução que traga, não digo a tranquilidade perdida, o sossego pedido para Roraima – por que temos que receber os imigrantes dentro do possível, mas não da maneira que está – mas que amenize a aflição do nosso povo. O país inteiro deu as costas para Roraima e quer obrigar o nosso Estado a receber 500 mil venezuelanos nos próximos meses, isso é uma coisa irreal e nós não aceitamos”, finalizou.