Indícios de irregularidades que ultrapassam R$ 35 milhões foram detectados em um levantamento recente com relação à prestação de contas de candidatos nas Eleições 2020. Esta é a segunda rodada de identificação de indícios de irregularidades.
Entre eles constam, ainda, oito doadores registrados no Sistema de Controle de Óbitos (Sisobi), os quais doaram uma quantia total de R$ 8.690,00. A maior ocorrência é de doações realizadas por pessoas sem emprego formal registrado, cujos valores somam mais de R$ 21 milhões e envolve 5.362 doadores.
Em seguida, aparecem 1.145 doadores com renda incompatível com o valor doado. No total, as doações realizadas por essas pessoas chegam a quase R$ 10 milhões.
Outra irregularidade apontada é que 1.146 fornecedores, sem registro ativo na Junta Comercial ou na Receita Federal, receberam R$ 1,9 milhão por serviços prestados durante a campanha deste ano.
Há ainda fornecedores como sócios, representantes ou familiares que receberam Bolsa Família e também doadores que receberam do programa. Observou-se que 416 fornecedores têm relação de parentesco com candidato ou o vice na chapa.
O levantamento é realizado pelo Núcleo de Inteligência da Justiça Eleitoral, que envolve, além do TSE, outros seis órgãos federais. A partir desses dados, os juízes eleitorais podem determinar diligências para comprovar a procedência do indício de irregularidade e utilizar essas informações para fins de exame e julgamento da prestação de contas de campanha eleitoral.
Fonte: Brasil 61