Após uma equipe da Polícia Militar de Roraima ter feito a apreensão de um veículo com itens alimentícios no município de Uiramutã na manhã de ontem, terça-feira, 10, o prefeito do município Manuel Araújo (PP) disse a FolhaBV que vem sofrendo perseguição por parte da corporação.
De acordo com o prefeito que é candidato a reeleição, os policiais que atuam no município estariam oprimindo e constrangendo os moradores que declararam apoio a sua campanha política.
“O papel da PM não é esse, eu sou prefeito e estou vendo meu povo ser oprimido, as pessoas estão sendo abordadas de forma desrespeitosa. Vamos entrar com ação com advogado, já acionamos Ministério Público, a Funai e vamos tomar todas as providencias”, disse o prefeito.
Sobre a apreensão desta terça-feira, o prefeito disse que se trataria de compras feitas por uma moradora da comunidade indígena Ticoça. “Por ter dificuldade para com transporte a moradora pediu ajuda para fazer o transporte do rancho da comunidade e o secretário mandou levar”, contou o prefeito.
Ainda segundo ele, as pessoas que estavam no carro foram agredidas durante a abordagem. “Já acionei o Conselho Indígena de Roraima, e vamos entrar com uma ação sobre essa atitude da PM. Esse não é o papel da PM, o povo está assustado. Estamos respeitando as recomendações do TRE, mas aqui temos comunidades que precisam desse apoio”, acrescentou.
OUTRO LADO – A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar que se manifestou por meio de nota. Confira a nota na íntegra:
A Polícia Militar de Roraima nega as acusações de perseguição e constrangimento aos moradores de Uiramutã, município a Nordeste do Estado.
Informa que por conta do período eleitoral, intensificou-se a presença de policiais militares na região por estar localizada em área de fronteira e de difícil acesso, não havendo relação com qualquer candidato.
Assim, aumentou-se a abordagem da população, efetivando o reforço da segurança no período atual.