Bolsonaristas pedem intervenção militar em frente ao Exército em Roraima

Na via que dá acesso ao local, no bairro Marechal Rondon, estão dezenas de militares do Exército para impedir a entrada de veículos e permitir apenas pessoas a pé

Após bloquearem parcialmente a rodovia federal BR-174 em protesto contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) criaram, na tarde desta segunda-feira (31), mais um ponto de concentração, agora na primeira Brigada de Infantaria de Selva (BIS), em Boa Vista, capital de Roraima.

Sob gritos de “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”, eles defendem que a eleição foi fraudada, sem apresentar provas, e invocam o artigo 142 da Constituição Federal para sugerir a intervenção militar. O artigo é estampado nos cartazes.

Esse trecho constitucional costuma ser citado quando bolsonaristas para pedir a intervenção. O próprio Bolsonaro fez essa relação em 2020. Mas o artigo não trata de divisão entre os Poderes, mas descreve o funcionamento das Forças Armadas. E, segundo constitucionalistas, em nenhum momento ele autoriza qualquer Poder a convocá-lo para intervir em outro.

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Na via que dá acesso ao local, no bairro Marechal Rondon, estão dezenas de militares do Exército para impedir a entrada de veículos e permitir apenas pessoas a pé.

Os manifestantes estão vestidos de cores verde e amarela e levaram bandeiras do Brasil e da campanha de Bolsonaro. Enquanto há atos por todo o País a favor do presidente, e reconhecimento do resultado das urnas feito por aliados dele e até pelo filho senador Flávio Bolsonaro (PL), Bolsonaro ainda não se manifestou.

Conforme a agência Estadão Conteúdo, a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República informou que não há previsão de Jair Bolsonaro se pronunciar nesta segunda sobre a derrota na eleição, ocorrida há mais de 23 horas.