Candidato ao Senado pelo Patriotas, o empresário Maurício Costa, de 71 anos, defendeu mandatos de até oito anos para magistrados no Poder Judiciário, especialmente nas cortes superiores. A declaração foi feita nesse domingo (7), durante o programa Agenda da Semana, da Folha FM.
“O desequilíbrio da nossa democracia é no Judiciário, porque não tem avaliação do povo. Não quero dizer que precisa de avaliação do povo, não é necessário, mas eu não admito mandato vitalício”, disse.
Costa disse ser contra a reeleição, apesar de ter enfatizado que “deputados federais criam feudos quando ficam 20 anos no poder. O máximo que poderia ser são oito anos, no máximo uma reeleição. O máximo que um senador poderia ficar era dois mandatos. E teria que ir pra um outro mandato”.
O candidato confirmou que votaria em eventual processo de impeachment de presidente da República, caso necessário.
O empresário disse que, caso seja eleito, terá mandato compartilhado com os dois suplentes: o enfermeiro Reginaldo José da Silva (primeiro) e a professora e assistente social Ana Cristina (segunda). Em eventual mandato, ambos serão seus assessores especiais e vão ajudá-lo a desenvolver projetos. “Qualquer decisão do senador, os dois serão consultados”, destacou.
Maurício Costa afirmou que, nestas eleições, os candidatos do Patriotas terão liberdade para votar em quem quiser para o Governo de Roraima. “A função do senador é trabalhar para o Estado independentemente de quem se eleger para o Governo”, explicou.
O candidato disse ter sido motivado para concorrer ao Senado por Roraima para mostrar o que é um senador para um Estado, e enfatizou que este tipo de parlamentar “é responsável por ajudar o governador a administrar um Estado”.
Roraima como ‘maior captador de energia solar’
O empresário disse acreditar no “imenso” potencial energético do Estado e enfatizou que o tema terá prioridade em seu eventual mandato. Ele defendeu que Roraima pode ser “o maior captador de energia solar do Brasil”.
Marco Temporal e mineração em terras indígenas
Costa declarou ser contra o Marco Temporal, a ação discutida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que estabelece que só poderão solicitar demarcações os povos indígenas que comprovarem que habitavam a área requerida no dia da promulgação da Constituição Federal. Maurício Costa disse que estimularia discussão sobre a legalização de exploração mineral em terras indígenas.
Benefícios sociais
O candidato se disse favorável aos benefícios sociais, embora analise que “eles limitam a produtividade”. “Melhor as pessoas produzirem e terem excelente salário do que deixarem de produzir e ficar dependendo de benefício”, declarou.
Quem é Maurício Costa
Empresário do ramo de construção civil e de tecnologia da informação, Maurício Costa é natural de Patos (PB), vem de uma família de oito irmãos e é pai de três filhos. Tem formação em Edificações (técnico) e Gestão Empresarial.
O candidato é presidente nacional do Instituto Bem Viver e é dono de um cadastro composto por mais de 40 mil pessoas falecidas no Brasil, com atuação no combate a fraudes de seguro.
Maurício Costa disse que sua ligação com a política surgiu na infância, devido à ligação de sua família com o ex-presidente Jânio Quadros. O empresário mora há dez anos em Roraima. Em 2014, ele foi candidato a deputado federal pelo Estado, mas não se elegeu.
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