A concentração da Marcha da Família pela Liberdade, no Centro Cívico de Boa Vista, é marcada pelo pedido de votos feito por candidatos nas eleições deste ano ou apoiadores.
Por todo local, há adesivos de candidatos, além de bandeiras e a execução eventual de jingles. A principal referência é feita ao presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato a reeleição.
Ele está nos bonés, nas camisas, adesivos e bandeiras espalhadas pelo Centro Cívico. Há ainda quiosques que comercializam figuras alusivas a Bolsonaro.
A entrada do Centro Cívico, por exemplo, foi bloqueada por uma carreta cujo baú foi estampado pela imagem do presidente.
Antes da carreata, apoiadores, cuja maioria se vestem de verde e amarelo, entoaram votos coml “a nossa bandeira jamais será vermelha” e fazem referência à pátria brasileira.
Enquanto o trio elétrico principal executava o hino nacional, do outro lado um paredão executava músicas como “Tu Tava na Revoada”, interpretada por MC Danny. Outra caixa de som tocava melodias de funk.
Das bandeiras brasileiras hasteadas pelo local, há uma gigante erguida em frente ao Monumento do Garimpeiro por dois guindastes.
Há ainda um helicóptero de um candidato a deputado federal ligado ao garimpo, customizado com as cores do Brasil.
O local possui vários tratores e carretas, em referência ao setor do agronegócio, cujos representantes predominantemente apoiam a reeleição de Bolsonaro.
Apoiadores ainda estamparam no baú de um caminhão a faixa “cai fora Xandão”, uma referência ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes. Apoiadores de Bolsonaro tratam o magistrado como inimigo do presidente.
O evento acabou como um ato eleitoral. A carreata, que passou pelas principais avenidas da capital de Roraima, foi liderada pelos candidatos ao Governo de Roraima, Antonio Denarium (Progressistas) – que disputa a reeleição -, e ao Senado, o deputado federal Hiran Gonçalves (Progressistas).
No início, apoiadores chegaram a ocupar três das quatro faixas da avenida Amazonas e irritou alguns motoristas sem relação com a carreata, na via que circunda a praça do Centro Cívico. Vendedores ambulantes aproveitaram o momento para comercializar bandeiras do Brasil.