A Fazenda Savana, no município de Bonfim, sediou a Abertura Oficial da Colheita da Soja no Cerrado de Roraima, Safra 2022, neste final de semana com a presença de produtores rurais, investidores, técnicos, acadêmicos e autoridades.
O evento foi uma iniciativa da Aprosoja Roraima e teve o apoio do Sistema OCB-RR, Banco da Amazônia, Faerr (Federação de Agricultura e Pecuária), Senarr (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e Governo do Estado.
Em Roraima, mais de 160 propriedades produzem soja e juntas totalizaram uma colheita de mais de 100 mil hectares dos grãos com uma produtividade média de 57,8 saca/ha, numa projeção de crescimento para 2023 de 40% da área produtiva, considerado este indicativo uma independência econômica e política para os Estados que trilha a economia do agronegócio.
Considerando ainda a produção das culturas de arroz, milho, milheto, sorgo e gergelim, a expectativa é que Roraima também supere os 140 mil hectares de área cultivada ainda em 2022.
Área Plantada
O presidente da Aprosoja em Roraima, Geraldo Falavinha, explicou que a estimativa até 2030 é que o Estado possa atingir uma área plantada em torno de 500 mil hectares de soja.
“A soja vem desenvolvendo Roraima em diversos setores, dentre eles a revenda de máquinas agrícolas, caminhões, indústria, comércio e as demandas da pecuária. A Aprosoja possui hoje 70 associados e conseguimos credenciar a entidade como signatários da Lei 215, fator que nos garante mais competitividade para que possamos chegar de fato aos 500 mil hectares de soja até 2030”, comentou.
Incentivo do Governo
Nesta consolidação, a Seadi vem organizando as categorias produtivas a partir do diagnóstico de produções e da avaliação logística em todo o Estado, elaborando políticas públicas que atendam às necessidades específicas dos produtores e suas localidades, apoiando as comunidades com a entrega de patrulhas mecanizadas, segurança jurídica.
Representando o governador Antonio Denarium, o secretário estadual Emerson Baú destacou a atuação do Poder Executivo fomentando a infraestrutura na agricultura.
“Com a adição de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento de Roraima no setor primário, o Governo do Estado tem ajudado a multiplicar a produção de grãos nos últimos anos, favorecendo o cenário de quem trabalha e produz com o agronegócio. Com isso, novas empresas têm investido na nossa região impulsionando pesquisa, melhoramento genético, inovação e tecnologia, beneficiando mais qualidade produtiva, reforçando também novas representações comerciais com os países fronteiriços”, observou o titular da Seadi (Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação).
Baú ainda reforçou que Roraima possui a maior taxa de crescimento em uma fronteira agrícola nacional.
“Nos anos de 2018, 2019 e 2020, o Estado totalizou uma área de plantio de soja de aproximadamente 38.200, 40.000 e 49.800 hectares, respectivamente. Com a adoção de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do Estado a partir de 2019, trabalhamos a regularização fundiária e ambiental, além de diversos incentivos e melhoria da infraestrutura ligada ao setor primário com a atual gestão”, concluiu.
Na atual gestão ainda são destaques: o fortalecimento das cadeias produtivas com a instalação de indústrias de beneficiamento de soja para produção de óleo refinado e outros produtos; instalação de empresas prestadoras de serviços técnicos e de consultoria; crescimento e abertura de indústrias especializadas em suplementação e alimentação animal; estímulo na produção de proteína animal pela maior oferta de matéria prima para fabricação de rações.
O avanço da produtividade em Roraima também se deve às parcerias com o Banco do Brasil, Banco da Amazônia e as Cooperativas de Crédito incentivando a melhoria dos processos de gestão. Com isso, muito dinheiro vem circulando na economia roraimense.
Dificuldades Logísticas
O presidente também destacou as pendências do setor produtivo. “Atualmente, enfrentamos grandes dificuldades com as rodovias federais em Roraima para escoar a produção até o Amazonas, fator que encarece a logística de transportes de insumos: calcário, fertilizantes e demais produtos essenciais para o desenvolvimento e sucesso da agricultura no Estado. Ainda enfrentamos dificuldades também com a reposição de peças, enquanto muita coisa tem que ser trazida de avião, além da burocracia”, enfatizou.