Lula vence na Nova Zelândia com 70,3%; acompanhe a eleição fora do Brasil

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, há 4,4 milhões de brasileiros vivendo no exterior. Desse total, 697.084 pessoas são eleitores aptos a votar. Haverá votação em 159 cidades de 97 países.

A Nova Zelândia foi o primeiro país a concluir a votação de segundo turno para presidente da República. Os dados não oficiais, coletados dos boletins de urnas afixados no local de votação, dão “vitória” ao candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, com 70,3% dos votos. Jair Bolsonaro (PL) conquistou 164 votos na cidade, ou 29,7% do total.

Brasileiros ao redor do mundo já começaram a ir às urnas para escolher quem vai governar o país de origem pelos próximos quatro anos. Ao todo, há eleitores em 181 cidades estrangeiras.

Por conta do fuso horário adiantado , quem tem domicílio eleitoral na Nova Zelândia e na Austrália, na Oceania, por exemplo, vota entre 14 e 16 horas antes no segundo turno das eleições de 2022 disputado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

A Austrália abre as 22 seções eleitorais para os 15.390 eleitores aptos a participarem da votação. Depois, a escolha dos candidatos começa no Japão, onde há 104 locais de votação e 76.570 brasileiros com direito ao voto. Ao todo, 697 mil cidadãos poderão votar fora do Brasil este ano.

Coréia do Sul, Filipinas e Indonésia também estão entre os os primeiros locais a abrirem as urnas eletrônicas, por estarem situados no continente asiático. Em contrapartida, o último país a iniciar a votação será os Estados Unidos.

Rússia x Ucrânia

A votação na Europa começará pela Rússia. Os eleitores aptos a votar deverão comparecer na Embaixada do Brasil em Moscou, entre 8h e 17h, no horário local. A seção eleitoral da Ucrânia, por sua vez, não funcionará por causa da invasão russa.

“Informamos que conforme determinação do Edital 56 do TRE-DF, os eleitores cadastrados para votar na Ucrânia estão dispensados da obrigatoriedade de votação em 2022. Desse modo, não haverá votação na Embaixada em Kiev nos dias 2 e 30/10”, diz nota publicada no site do Itamaraty.

Europa

O Ministério das Relações Exteriores tem orientado os eleitores brasileiros na Europa sobre o fim do horário de verão no continente, neste domingo. Com isso, os relógios devem ser atrasados em uma hora. A votação ocorrerá, novamente, de 8h às 17h.

Na Itália, os brasileiros poderão votar nas cidades de Milão e Roma, entre 4h e 13h no horário de Brasília. Na Alemanha há três colégios eleitorais: Berlim, Frankfurt e Munique, também das 4h e 13h no horário de Brasília.

Paris tem o único colégio eleitoral da França, onde 22.629 brasileiros estão aptos a votar. O pleito ocorre das 8h às 17h no horário local (das 4h e 13h no horário de Brasília). Na Espanha, a votação ocorrerá em Madri e Barcelona, no mesmo horário.

Em Portugal, três cidades vão receber os eleitores brasileiros: Faro, Porto e Lisboa. A capital portuguesa é o maior colégio eleitoral brasileiro no exterior, com 45.273 pessoas aptas a participar da eleição neste domingo.

Últimos a votar

Os último países a iniciarem a votação serão os Estados Unidos e o Canadá. Especificamente os colégios eleitorais das cidades americanas de Los Angeles e São Francisco, além da canadense Vancouver. Nessas três cidades o pleito acaba às 21h no horário de Brasília.

Nos EUA as eleições também acontecem nas cidades Atlanta, Boston, Chicago, Hartford, Houston, Miami, Nova York, Orlando, Washington e Orlando. E no Canadá também há colégios eleitorais em Montreal, Ottawa e Toronto.

Resultados

Apesar de os boletins de urna estrangeiros ficarem disponíveis antes, a divulgação oficial dos resultados será feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) só a partir das 17h de Brasília, quando a votação for encerrada em todos os estados.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, há 4,4 milhões de brasileiros vivendo no exterior. Desse total, 697.084 pessoas são eleitores aptos a votar. Haverá votação em 159 cidades de 97 países. Ao todo, serão usadas 989 urnas eletrônicas nesses locais e 29 urnas de lona – essas últimas destinadas aos locais onde há apenas entre 30 e 99 eleitores aptos.

EUA, Portugal e Japão são os países com maior número de eleitores com, respectivamente, 182.987, 80.896 e 76.570 brasileiros aptos a votar.

Veja como foi no primeiro turno

No primeiro turno das eleições presidenciais, o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, teve 47,2% dos votos totais depositados fora do Brasil. Já o atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), foi votado por 41,6% dos eleitores. Veja onde cada candidato ganhou.

Na América Latina, região em que o ex-presidente tem forte influência, a tendência se repetiu. Em Buenos Aires, na Argentina, foram 64,68% dos votos favoráveis. Em Bogotá, na Colômbia, Lula chegou a 52,82%. Já em Santiago, no Chile, o número chegou a 44,86%.

Mesmo em países comandados por nomes conservadores e alinhados a Bolsonaro (PL), como Polônia e Hungria, o candidato do PT ficou à frente. Em Varsóvia, capital polonesa, Lula teve 68,49% dos votos, contra 17,68% recebidos por Bolsonaro. Em em Budapeste, capital húngara, o ex-presidente teve 80,89% dos votos e o atual titular do Palácio da Alvorada, 11,86%.

Na Nicarágua, referenciada por Bolsonaro como ditadura de esquerda ao traçar relações de Lula com o presidente do país, Daniel Ortega, o presidente teve 40,51% dos votos, apenas três pontos percentuais abaixo do obtido pelo petista, de 43,04%. O mesmo cenário foi observado no México, governado pelo presidente esquerdista André Manuel Lópes Obrador, Lula ficou à frente com 44,20% dos votos, mas apenas dois pontos acima de Bolsonaro, que pontuou 42,84%.