O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) conta com 88 pontos de transmissão de dados das urnas eletrônicas para o Sistema de Apuração das Eleições 2022. São nesses locais onde os servidores da Corte receberão as mídias das seções eleitorais e de lá vão transmitir todos os votos para o sistema de apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Só em Boa Vista são 18 pontos de transmissão, distribuídos por toda capital, incluindo os cartórios das 1ª e 5ª zonas eleitorais. Há ainda pontos montados nos bairros Jardim Floresta, Jóquei Clube, Asa Branca, Santa Tereza, Raiar do Sol, Centro, Sílvio Leite, Caranã, Senador Hélio Campos, 13 de Setembro, Cauamé, Jardim Equatorial, Nova Cidade, Pricumã, Caimbé e Cidade Satélite.
No interior, são 14 pontos nas sedes dos municípios. Serão utilizadas, além dos cartórios das seis zonas eleitorais, escolas, secretarias e fóruns da Justiça Estadual espalhados pelo Estado. Já os votos das localidades de difícil acesso serão transmitidos por 56 pontos distribuídos entre comunidades indígenas, ribeirinhas e assentamentos rurais nos municípios de Uiramutã, São Luiz, Rorainópolis, Pacaraima, Normandia, Caroebe, Caracaraí, Amajari e Alto Alegre.
O coordenador de Infraestrutura e Cibersegurança do TRE-RR, Severino Caetano, explicou que os sistemas de transmissão utilizados nas Eleições 2022 foram divididos por três polos. O primeiro será utilizado nos 18 pontos montados em Boa Vista, onde os técnicos vão usar sistema de dados móveis por 3G e 4G.
“Como a gente sempre tem problema da fibra ótica, teremos uma contingência com o uso dos telefones BGANs, que são telefones por satélite, e serão utilizados nos cartórios eleitorais e demais pontos de transmissão para manter a comunicação”, informou Caetano, explicando ainda que toda a comunicação é convergida para a central de dados do TRE-RR e é feita a transmissão para o TSE.
Já o segundo polo se refere às transmissões que serão feitas das sedes dos municípios e cartórios eleitorais do interior do Estado. Segundo Caetano, todos esses locais já possuem infraestrutura de comunicação própria, pois o Tribunal contratou links de internet de rede privada entre o ponto de transmissão e o TRE. “Esse ponto é uma VPN e toda a comunicação passa por aqui também [no TRE]”.
E o terceiro polo de transmissão concentra todos os locais de difícil acesso, onde as equipes e equipamentos foram enviados em aeronaves. Nesses locais, os técnicos vão utilizar o sistema dos telefones BGANs. “Em cada localidade, a gente tem um equipamento nosso, tem um técnico treinado e essa pessoa está habilitada a fazer toda a parte de transmissão de dados e o acesso da comunicação entre esse ponto e o TRE”, informou Caetano.