O ex-atacante Marquinho Cai Cai de 55 anos vestiu o manto do Índio da Consolata, Rio Negro e Atlético Roraima nos anos 1980 e 1990, tornando-se importante referência colorada, em participações pela Copa Norte e Série C do Campeonato Brasileiro. A nossa equipe de reportagem chegou até um dos maiores goleadores do nosso futebol.
Atualmente, trabalha como professor de uma escolinha de futebol em Boa Vista, onde vem se dedicando ao descobrimento de talentos. E também exerce o cargo de servidor público municipal na carreira de fiscal tributário.
Com faro de gol e estilo artilheiro nato, sagrou-se tetracampeão estadual pelo Baré, em 1988 e 1993/1994 e 1996. Foi artilheiro do certame nas edições de 1993 e 1994, entrando para galeria de ídolos do Mais Querido. Também foi campeão roraimense pelo Rio Negro em 1991 e pelo Atlético Roraima em 1995.
Marquinho Cai Cai nasceu em Recife (PE), no dia 6 de agosto de 1967. Foi artilheiro dos Campeonatos Roraimenses de 1991, jogando pelo Rio Negro, 1993 e 1994 jogando pelo Baré.
Cai Cai reside na capital Boa Vista após se mudar do Nordeste para região Norte a pedido do presidente do Baré na época, Zuza Tavares, no final dos 1980. Morou na sede na Consolata e anos depois fez história no futebol local. Ele conta o que mais senti falta daquele tempo.
“Sinto saudades do estádio Canarinho lotado nos clássicos Baré x Atlético Roraima. As finais dos campeonatos roraimense eram sempre uma festa com grandes públicos e jogos empolgantes com estádios lotados”, conta Marquinho Cai Cai.
Piores rivais
Marquinho Cai Cai era do tipo de atacante de muita mobilidade, driblador, dono de uma força física bruta e que sabia também fazer gols de cabeça. Duelou contra várias defesas e Cai Cai elegeu o zagueiro Braz como a sua “pedra no sapato” ao longo de sua carreira.
“Foi o melhor zagueiro que eu enfrentei quando eu era jogador profissional. O Braz do São Raimundo fazia a leitura da jogada, era veloz e não deixava nada barato e não levava desaforo para casa. Assim como também o Augusto do Baré era um goleiro dono de um reflexo incrível, o enfrentei quando eu jogava no Rio Negro. Foram os melhores defensores que eu enfrentei”, disse Cai Cai.
Treinador memorável e jogo inesquecível
Marquinho Cai Cai foi revelado no Guarani de Juazeiro (CE), cria de Romeirão. “Melhor treinador foi o Manoel Silva no Guarani. Foi quem me colocou de atacante e apostou no meu futebol com apenas 18 anos”, conta Cai Cai.
Jogo inesquecível: Campeonato de Seleções Estaduais realizado pela CBF, seleção Roraimense X seleção do Acre no estádio Vivaldão (hoje Arena da Amazônia), 1 a 0 para Roraima. “Jogo muito disputado e vitória com gol meu de bicicleta em tarde de casa cheia, lembro como fosse hoje”, reelembra Cai Cai.
Por João Paulo Oliveira