Esporte

ABERR promete movimentar o boxe profissional em RR  

A entidade foi fundada em 27 de maio deste ano

A Associação de Boxe Profissional do Estado de Roraima (ABERR) chega com uma nova proposta: movimentar ainda mais a modalidade, desta vez no profissional nos ringues roraimenses. A entidade está ligada diretamente a Associação Nacional e Internacional de Boxe (ANIB) e a Word Boxing Union (WBU).

A entidade foi fundada em 27 de maio deste ano, porém, regulamentada recentemente. A ABERR atuará dentro do e fora do Estado na modalidade do boxe profissional, semi-profissional e amador dentro dos regulamentos nacionais e internacionais. A associação tem como objetivo e democratização, a liberdade, divulgação, realização e o estímulo das atividades e a prática da modalidade. 

Vale lembrar que há uma grande diferença entre o boxe amador e o profissional. O primeiro, que também é chamado de boxe olímpico, tem como principal preocupação a total integridade física de seus lutadores. No amador são usados capacete, protetor genital e protetor bucal, para que não haja maiores danos aos seus praticantes, enquanto no profissional os competidores usam apenas luvas, calção e sapatilhas. A disputa dá-se em um quadrado limitado por cordas, o ringue, que mede entre 4,90 m e 6,10 m. 

As lutas profissionais duram 12 assaltos, ou rounds, cada um de 3 minutos, e terminam imediatamente por nocaute se um dos atletas cair e não se levantar em 10s. Se conseguir, considera-se knock down. Caso não haja nocaute, cinco juízes escolhem o vencedor por critério de pontos, com base no número de golpes dados ou o juiz de ringue interrompe a luta e declara um dos lutadores vencedor por nocaute técnico. Os principais golpes são o jab, os cruzados de direita, de esquerda e o gancho. É proibido atingir o adversário abaixo da cintura, sob pena de desclassificação.

Presidente da Associação, Daniel Trindade conta que um dos intuitos é aumentar o crescimento do boxe amador para o profissional tendo em vista ao retorno financeiro que o atleta terá. 

“O objetivo é fazer do boxe um meio de vida, e diga-se de passagem com a possibilidade real de ganhar muito dinheiro com o esporte, haja vista o alto nível dos boxeadores roraimense. Não podemos nos satisfazer com o boxe amador, se temos potencial para sermos profissionais, além da questão financeira, o boxe profissional pode levar a bandeira roraimense para o mundo a fora”, explicou .

“Queremos movimentar o boxe profissional. O boxe que faz do esporte uma profissão”, frisou. 

BOXE PROFISSIONAL – São considerados profissionais todos os boxeadores que tenham competido por prêmios em dinheiro. A CBBOXE (Confederação Brasileira de Boxe), Federações ou Ligas, somente deverão conceder licença de boxeador profissional ao amador que tiver obtido quinze vitórias em sua campanha amadorística e não esteja servindo a Seleção Brasileira de Boxe Amador, no calendário de competições internacionais promovido pelo Comitê Olímpico Brasileiro e que tenha no mínimo 18 anos completos.

A licença de boxeador profissional concedida por qualquer entidade filiada à CBBOXE, com a inobservância de qualquer uma das condições acima previstas, implicará em falta grave, pela entidade concedente, estando sujeita às penalidades contidas no estatuto da CBBoxe. Outra é regra é que o boxeador que se profissionalizar tem a opção de voltar a ser amador, porém, o boxeador que tenha obtido voluntariamente a licença de profissional, porém não tenha subido ao ringue para realizar combates, poderá desistir daquele registro e continuar como amador, ainda que tenha assinado contrato.

Boxe profissional tem mercado atrativo no Brasil e no Mundo

Um boxeador ganha no Brasil em média R$ 2.322,20 no mercado de trabalho brasileiro para uma jornada de trabalho de 36 horas semanais de acordo com o CAGED do MTE e pesquisa do Salario.com.br no período de 11/2018 até 06/2019 com um total de 5 salários.

A faixa salarial do Boxeador CBO 3771-45 fica entre R$ 1.160,00 (média do piso salarial 2019 de convenções coletivas e dissídios), R$ 2.334,00 (salário mediana da amostragem) e o teto salarial de R$ 3.509,38, levando em conta profissionais contratados com carteira assinada em regime CLT a nível nacional.

O vice-presidente da ABERR, Mikail Reis também vê com bons olhos a chegada da entidade em solo roraimense e fez planos.

“Já começamos a preparar nossos atletas pra o nível profissional da modalidade. Vivo o boxe há mais de duas décadas e sei do potencial dos nossos lutadores, em breve teremos títulos mundiais”, disse ele.

No exterior os salários podem ser de milhões, até bilhões de reais, como o caso O boxeador mexicano Saúl ‘Canelo’ Álvarez, campeão mundial dos médios da AMB e da CMB, que assinou no final de 2018 um contrato recorde de 365 milhões de dólares, cerca de R$ 1,34 bilhão com a plataforma de transmissão DAZN.