Esporte

Autor de dois gols contra o Remo, Washington sonha em jogar em time grande

Desde julho no Náutico, Washington vem chamando a atenção por alternar entre o setor do meio-campo e o ataque

O atacante do Náutico, Washington Luis, entrou para a história do time alvirrubro na última segunda-feira à noite, no estádio Ribeirão, ao marcar dois dos três gols que decretaram a primeira vitória da história do time roraimense sobre o Remo (PA), por 3 a 2, em jogo válido pela sexta rodada do grupo A1 da Série D do Campeonato Brasileiro.

Para o jogador, de 23 anos, e baiano de Salvador, a partida que terminou na vitória do time (que tinha dois pontos negativos) e o fez chegar a um ponto, foi especial. “Tínhamos que ganhar esse jogo para dar uma motivação a mais na carreira de cada um de nós que estamos aqui (no Náutico). Foi um jogo especial pelos dois gols que eu fiz contra o Remo, grande equipe. Graças a Deus eu fui abençoado com os dois gols e ainda pude estar na seleção da rodada da Série D”, declarou.

Washington é jogador profissional desde os 17 anos, quando se profissionalizou no Brasil de Farroupilha (RS). Entre suas passagens até chegar ao Náutico, estão os times paulistas Grêmio Osasco, União Mogi, São José dos Campos e Batatais. São clubes de pequena expressão no cenário nacional, mas que alimentam a esperança do atleta chegar em uma grande equipe do futebol brasileiro.

“Tenho sonho de chegar em um time grande, ganhar títulos por um time grande, e esse é o grande sonho de um jogador de futebol. Vou continuar sonhando com isso até eu conseguir”, declarou.

E seu próprio nome pode ser mais uma forma de motivação para chegar ao topo, já que, provavelmente, tenha sido inspirado no nome do presidente que governou o Brasil entre 1926 e 1930. “Não tenho certeza se foi baseado no Washington Luís, que foi presidente do Brasil, mas tenho nome importante, graças a Deus, e eu quero fazer o meu papel dentro de campo para que, um dia, meu nome possa ser pelo menos lembrado”, disse.

Desde julho no Náutico, Washington vem chamando a atenção por alternar entre o setor do meio-campo e o ataque. E ele revelou que atua melhor mesmo como atacante. “Não sou meia, sou atacante, mas tenho muita facilidade para a marcação, e os treinadores acabam pedindo para que eu fique no meio de campo, e jogue com velocidade quando der para fazer ligação para o ataque. Então, sou cara muito focado, bastante profissional, e o que pedirem para mim, eu acatarei. Onde me colocar eu jogo”, explicou.

O jogador ainda falou sobre a má fase do futebol roraimense, o qual espera melhorias. Entre as situações que passou em Roraima, está o jogo de quase quatro horas de duração, entre Náutico e Rio Branco (AC), pela quinta rodada da Série D, cujo placar foi de 0 a 0. Nos dois tempos, houve atraso por conta da ausência da ambulância.

“Nunca passei por essa situação, como no jogo contra o Rio Branco, mas são experiências que a gente tem que passar. Isso serve para a gente levar de lição, mas espero mesmo que, com tempo, o futebol de Roraima cresça”, finalizou.