Por onde anda? Beto Pupunha o autor do gol do título do Roraima, em 2002

Ex-atleta segue como treinador de futsal, em projeto social, na sua cidade natal, Parintins (AM)

Ex-atacante do Tricolor da Mecejana e Negão da Aparecida, nos dias de hoje, em Parintins (AM). Crédito: divulgação
Ex-atacante do Tricolor da Mecejana e Negão da Aparecida, nos dias de hoje, em Parintins (AM). Crédito: divulgação

Se você esteve ligado ao futebol roraimense nos anos 2000, provavelmente se lembra do nome Roberto Azevedo da Gama, 45 anos de idade atualmente, mais conhecido como Beto Pupunha. Com uma carreira marcada pela conquista no futebol Roraimense, Beto ganhou status de ídolo e brilhou nos gramados vestindo a camisa de Atlético Roraima e Rio Negro, onde se sagrou campeão roraimense em 2000 pelo Alvinegro e em 2002 pelo Tricolor da Mecejana, neste marcou o gol do título, após sair do banco de reservas nos minutos finais.

O gol mais importante da carreira de Beto Pupunha no futebol roraimense aconteceu em uma final de campeonato que entrou para a história. Era o ano de 2002, e Beto estava em campo defendendo o Atlético Roraima, na final do Campeonato Roraimense. O jogo estava empatado no placar agregado, e a tensão tomava conta do estádio, em um dos mais tradicionais clássicos do futebol roraimense ‘Bareima’ que envolve o Atlético Roraima, contra o Baré.

Atacante Beto Pupunha cede entrevista, antes de jogo contra o Remo-PA, no Baenão. Crédito: domínio público

O título estava em jogo, no primeiro duelo da final, o Baré venceu por 1 a 0, o segundo jogo estava 1 a 0 para o Tricolor, na prorrogação Beto mudou a história. O atacante Beto Pupunha recebeu a bola na entrada da área, fez um cruzamento, e na tentativa de eliminar o perigo, o zagueiro adversário empurrou para dentro, marcando o gol, eram 12 do primeiro tempo da prorrogação, na tarde de 14 de julho de 2002, no estádio Ribeirão, em Boa Vista.

Nos 180 minutos muito equilíbrio, Castor marcou para o Baré nos primeiros 90 minutos das finais, Erivelter abriu o marcador na final de volta e Beto deu números finais e correu para o abraço com o técnico Rômulo Bonates. O Ribeirão explodiu em euforia, e o Tricolor da Mecejana conquistou o título de campeão roraimense de 2002.

Tricolor da Mecejana foi campeão roraimense em 2002, tetra nos anos 2000. Crédito: domínio público

A partir daí respirou outros ares, passou em um teste entre 40 atletas e foi selecionado para vestir a camisa do Takasaki, da terceira divisão do futebol chinês. Quando retornou ao Brasil chegou para reforçar o Tricolor da Mecejana, e marcou gols importantes na campanha da Série C, contra Tuno Luso do Pará e Ypiranga de Macapá.

“Época muito boa, sempre bom relembrarmos os momentos vitoriosos da carreira, sempre bate saudade da vida de jogador”, disse Beto Pupunha.

Dias de hoje

O atacante Beto Pupunha foi o primeiro parintinense a atuar no futebol japonês, pelo Takasaki. Crédito: domínio público

Hoje, Beto trocou os gramados pelo trabalho na base do futebol, mas sua paixão pelo esporte continua mais viva do que nunca. Ele está morando em Parintins, Amazonas, onde fundou a Escolinha Show de Bola Futebol Clube Parintins. A escolinha, que já existe há 14 anos, tornou-se uma referência na formação de jovens talentos na região.

Beto Pupunha continua a inspirar a nova geração de jogadores em Parintins. Seu amor pelo futebol segue vivo, agora na missão de formar futuros craques na Escolinha Show de Bola Futebol Clube.

“Tenho procurado sempre estudar o futebol o máximo possível, me qualificando com cursos específicos, para dar meu melhor a esses jovens, que são o futuro da nossa região”, disse o ex-jogador Beto Pupunha.

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