Cinco tópicos sobre o futsal local em 2014

O futsal roraimense trouxe ao torcedor momentos de emoção e alegria dentro de quadra. O decacampeonato Roraimense do Constelação e o papa-títulos do Independente, na base, sem dúvida, são os maiores destaques.
Fora de quadra, o futsal de Roraima e de outros Estados foram prejudicados pela crise que se instalou na Confederação Brasileira de Futsal (CBFS), iniciada em março, com as duras críticas do jogador Falcão à entidade, a queda do então presidente Aécio de Borba, e as contas reprovadas da confederação. Confira cinco tópicos sobre a modalidade em 2014.
1 – O retorno da hegemonia do Constelação. Depois de dois anos sem um título Estadual, o Constelação voltou a assumir a hegemonia no futsal Adulto em Roraima. No início deste mês, o time das estrelas tornou-se o primeiro time do Estado a chegar à marca de dez títulos Estaduais.
Com o triunfo sobre o Independente, na final, o time conquistou a vaga na Taça Brasil de 2015, e adiou o título inédito do rival. A equipe começou mal o Estadual, ao levar duas derrotas seguidas, enquanto o Independente era o líder invicto. No segundo duelo contra o time alviverde, no segundo turno, quebrou a invencibilidade do rival, marcando assim sua trajetória de superação até chegar à decisão.
2 – Independente papou títulos em 2014. Assim como foi o Vivaz em 2013, se repetiu com o Independente em 2014. De 16 competições realizadas pela Federação Roraimense de Futsal (FRFS) no ano, a equipe alviverde foi a 12 finais, venceu oito (Taça Boa Vista Masculina e Feminina Adulta, Estaduais Masculinos Sub-9, Sub-10, Sub-11, Sub-12 e Sub-13, e o Estadual Feminino Sub-20), e ficou com o vice em quatro (Estadual Sub-8, Sub-14 e Sub-15 e Adulto).
3 – 2.294 gols marcados. Se fora de quadra o futsal não decolou em 2014, dentro, o destaque foi a chuva de gols. Ao todo, 2.294 tentos foram marcados em todas as 16 competições realizadas pela FRFS no ano, em um total de 336 jogos disputados.
A competição onde a rede balançou mais vezes foi logo a primeira da temporada: a Taça Roraima de Futsal Masculino Sub-17, vencida pelo Vivaz. Ao todo, foram marcados 301 gols, em 33 partidas disputadas, com média de 9,12 tentos por jogo.
4 – Menos competições. A FRFS sentiu bastante os efeitos da crise no futsal brasileiro em 2014. De 36 competições programadas no calendário da temporada, a entidade realizou apenas 16, nove a menos que em 2013. Mas, ainda assim, a federação se mostrou a mais organizada e mais eficiente em Roraima.
“A realidade das competições locais em 2014 foi bem dura. A carência dos recursos foi grande. Além disso, as competições não foram realizadas em decorrência do calendário, que foi apertado devido a eventos como a Copa do Mundo e as Eleições”, explicou o presidente da FRFS, Osmar de Matos.
5 – Futsal feminino em baixa. Assim como ocorreu com o futebol local, no futsal quase tudo se repetiu. A diferença é que houve competições. Em 2013, a FRFS realizou oito campeonatos femininos. Já em 2014, promoveu apenas duas (Taça Boa Vista Adulta e Estadual Sub-20). Em ambos certames, o Independente foi campeão.
Com a falta de verbas, ocasionada pela crise na CBFS, que teve suas contas reprovadas – requisito para receber patrocínios dos Correios -, a entidade local deixou de realizar os três Circuitos Correios de Futsal Feminino, previstos no cronograma do ano.
Além da ausência de recursos, o descompromisso de atletas também prejudicou a modalidade no naipe feminino. Foi esse descompromisso que ocasionou o cancelamento do principal campeonato feminino da temporada, o Roraimense de Futsal Adulto.
A FRFS chegou até divulgar e reformular a tabela da competição, para o Caxiense ter tempo para regularizar seu elenco. Mas, como também relatou o presidente do clube, Cledemilton Araújo, a falta de apoio financeiro e o descompromisso de algumas jogadoras ocasionou a desistência de última hora da equipe, e em seguida, o cancelamento do certame. “Tivemos apenas duas competições porque não tivemos times para preencher as demandas. As inscrições para todos os torneios foram abertas, tanto no Sub-17 quanto no Adulto”, disse o presidente da FRFS.