Esporte

Daiana Lima avalia o 2014 do Independente, quer mais títulos em 2015, e critica a FRFS

Campeão de oito das 16 competições realizadas pela FRFS em 2014, o Independente vem forte em busca de mais títulos nesta temporada

LUAN CORREIA E LUCAS LUCKEZIE Colaborador da Folha
2014 foi o ano do Independente. Maior campeão estadual na temporada passada, por ter vencido oito e ter sido vice-campeão em quatro das 16 competições realizadas pela Federação Roraimense de Futsal (FRFS), o clube quer mais em 2015.
Segundo a presidente do Independente, Daiana Lima, as categorias de base foram o principal alvo do esforço do clube em 2014. Cinco dos oito títulos conquistados, somando competições masculinas e femininas, vieram da base. “A questão da base foi fundamental para que ganhássemos mais títulos e houvesse todo o crescimento necessário para que a equipe se sobressaísse”, afirmou.
Mas nem tudo aconteceu como previsto para a equipe em 2014. O tão aguardado título do Campeonato Roraimense Masculino Adulto não veio, e frustrou os planos do clube. “Eu creio que faltou um pouco de foco por parte da nossa equipe na reta final. Tivemos a melhor campanha na primeira fase e pecamos no momento decisivo”, explicou a presidente.
Para 2015, Daiana Lima garante que o Independente irá manter o trabalho feito com as categorias de base e lutará pelo inédito título do Estadual Adulto, certame o qual o time foi vice-campeão nos últimos três anos, de forma consecutiva. “A gente trabalha sempre tentando melhorar cada vez mais. Temos muitos campeonatos este ano e queremos conquistar todos, sempre com os pés no chão e muito treinamento”, finalizou.
CRÍTICAS À FRFS – A presidente ainda criticou a FRFS em razão das poucas competições voltadas para o futsal feminino no Estado. Em 2014, houve apenas a Taça Boa Vista Adulta e o Estadual Sub-20, e o time alviverde venceu os dois certames.
“O futsal feminino requer certos cuidados, se não, cai mesmo. Para você achar uma menina que goste de jogar bola e que os pais permitam, é um longo caminho, e a federação inviabilizou isso no ano passado”, disse.
Para Lima, outros grandes problemas no futsal feminino no Estado são as altas taxas de transferências das atletas para os clubes, cobradas pela FRFS. “Nenhum clube de futsal em Roraima tem condição de pagar mil reais por um atleta apenas. A dificuldade está nos clubes ou na federação?”, indagou.
A presidente apontou os caminhos para que, em 2015, a FRFS “trate o futsal feminino com mais respeito” e que, com isso, possa haver mudanças positivas. “Tem que baixar as taxas de transferências e, principalmente, motivar os clubes a treinarem e buscarem mais meninas, até porque o interesse maior em realizar as competições é da federação”, declarou.
FRFS – A Folha entrou em contato com o presidente da FRFS, Osmar de Matos, a respeito das críticas de Daiana Lima à entidade, mas o mandatário não quis se pronunciar.
No final do ano passado, em entrevista à Folha para a retrospectiva sobre o futsal local, Matos dissera que o futsal feminino local sofreu com a falta de recursos, muito por conta da crise na Confederação Brasileira de Futsal (CBFS).
Já em outubro, com o cancelamento do Estadual Feminino Adulto, o principal da temporada no Estado, devido à desistência do Caxiense, o que deixara o torneio apenas com três equipes, Osmar de Matos criticara o descompromisso de algumas jogadoras.