O São Raimundo foi eliminado pelo Grêmio nos pênaltis, por 4 a 1, após empate por 1 a 1 no tempo normal, na noite dessa quarta-feira (19), no estádio Canarinho, em Boa Vista. Após o fim do tempo regulamentar do duelo da Copa do Brasil, o árbitro catarinense Gustavo Bauermann expulsou o técnico alviceleste Chiquinho Viana.
Na súmula da partida, Bauermann relata que o treinador invadiu o campo e se dirigiu a ele com gestos agressivos e reclamações. “Tá de sacanagem, tudo contra nós, a assistente [Gizeli Casaril] é muito fraca”, disse o comandante do Mundão, segundo o documento.
À Folha, o treinador do São Raimundo contestou o relato do árbitro e afirmou que sua abordagem foi apenas um questionamento sobre o acréscimo concedido no segundo tempo da partida.
“Ele relatou de forma equivocada. O que eu questionei foi o motivo de dar seis minutos de acréscimos, na verdade sete. Não teve substituições, nem as seis paradas necessárias. O Grêmio utilizou todas as suas no primeiro tempo e depois foram apenas três paradas conjuntas. Então, por que ele deu seis minutos?”, questionou.
Chiquinho Viana reiterou as críticas à bandeirinha e à condução do jogo pelo trio de arbitragem catarinense.
“Ela dizia que puxão de camisa era ‘estilo de jogo do Sul’, mas isso não existe. Se é falta no Rio Grande do Sul, tem que ser falta aqui também. Após o jogo, pedi desculpas ao árbitro. Ele diz que gesticulei de forma agressiva, mas sempre falo com gestos, isso não muda. Não houve ofensa verbal”, declarou.
Para o treinador roraimense, a arbitragem usou critérios diferentes ao longo da partida.
“Ele [árbitro Gustavo Bauermann] usava a imponência física para apitar, mas quando nós fazíamos o mesmo, ele marcava falta. Para mim, isso é bairrismo, porque ele é do Sul e o time também”, finalizou.
Na partida, o árbitro também expulsou o volante Edenilson, do Grêmio, após desferir um soco no rosto do volante Klebinho, do São Raimundo. O cartão vermelho foi aplicado nos acréscimos do final da partida, enquanto o jogo estava paralisado.
