O pugilista campeão olímpico Emilio Correa Vaillant morreu aos 70 anos, nessa segunda-feira (11), em Navegantes (SC). A causa da morte ainda não foi revelada, mas ao longo da vida, ele sofria de mal de Alzheimer e hipertensão. O cubano faria aniversário no próximo dia 21.
Ouro nos Jogos de Munique em 1972, consagrado como terceiro cubano da história a conquistar o feito, Vaillant era o único dos três campeões de sua terra na mesma edição que ainda estava vivo – Teófilo Stevenson e Orlando Martinez já morreram. O pugilista também foi campeão dos Jogos Pan-americanos de 1971 e do Mundial de 1974. Todos os títulos foram conquistados na categoria meio-médio.
Há um ano, a lenda do boxe chegou ao Brasil com o filho, o medalhista de prata em Pequim-2008, Emilio Correa Bayeux, 38, em busca de condições melhores que sua terra natal. Em Boa Vista, eles foram acolhidos por um ano pelo técnico Ronaldo Silva, referência local. Nesse período, Emilio Correa Vaillant chegou a ficar um dia desaparecido.
Como o filho do campeão olímpico não conseguiu emprego no Estado, nem mesmo marcar uma luta no boxe profissional – porque seus adversários desistiam quando descobriam sua importância no esporte -, há cinco meses a dupla se mudou para o interior catarinense. Lá, Emilio Correa Bayeux começou a trabalhar como treinador em uma academia.
Muito emocionado, Ronaldo Silva lamentou que a morte do amigo ocorreu longe de Cuba. “Sou muito grato a Deus pela passagem deles aqui em Roraima comigo. Passaram um ano comigo, foram tratados da melhor maneira possível”, destacou ele, que por outro lado, criticou o Poder Público local por ter fechado as portas para o filho da lenda trabalhar como treinador no Estado.
Repercussão em Cuba
Em Cuba, a morte foi lamentada pelo Instituto Nacional de Esportes, Educação Física e Recreação. No X, o órgão disse ser “doloroso saber que faleceu o campeão olímpico, mundial e pan-americano”, que foi “grande entre os grandes nomes do boxe cubano”. O Comitê Olímpico Cubano também lamentou o falecimento do ex-atleta.