Esporte cresce em Roraima e atrai mais jogadores

O Airsoft é uma simulação de combate praticado por todo o mundo. Em Roraima, o esporte começa a conquistar espaço, atraindo novos praticantes. A ideia é promovê-lo para que cresça cada dia mais e torne-se uma opção à sociedade. Os eventos são promovidos pela Associação Roraimense de Airsoft (ARA), que foi criada no início deste ano.

De acordo com o atual presidente da associação, Jonio Costa, a prática do esporte vem de anos atrás. “Eu jogo há muito tempo. Mudei há cerca de dois anos para Boa Vista e a partir daí fiz alguns contatos que tiverem interesse. Dessa forma, o grupo foi crescendo. Em fevereiro deste ano, surgiu a ideia de criar a ARA, com o intuito de regular e promover a prática do esporte em Roraima”.

Dessa forma, é possível padronizar regras e promover intercambio, além de outros benefícios. “Em duas oportunidades vieram times de estados diferentes para fazer um evento que criamos: de missões”. Segundo ele, é importante ressaltar que no Brasil existem inúmeras associações e algumas federações, que regem o esporte em território nacional.

“Há lugares como o Rio de Janeiro onde um episódio como este reúne mais de mil jogadores”, exemplificou Jonio. “Aqui na Capital começamos com cerca de 20 pessoas. Atualmente, estão associadas, aproximadamente, 70”, pontuou, destacando o crescimento da atividade.

O esporte também é regulado pelo Exército Brasileiro, principalmente em relação à aquisição das armas ou “marcadores”, pois apenas maiores de 18 anos podem adquiri-las.

O interessado em participar deve ser referendado por alguém que faça parte da equipe. “Essa prática é necessária em razão da possibilidade do uso dual das armas de pressão, por motivos óbvios. Desta forma, o candidato deve ser ligado a outro, aumentando o senso de responsabilidade. O mau uso dos marcadores pode trazer problemas”, afirmou.

A popularização tem ocasionado maior disponibilidade do armamento, que deve ser adquirido por conta própria. “O custo é a partir de R$ 1 mil. Os melhores podem chegar a R$ 5 mil. Há também o uso de equipamentos de segurança, como os óculos de proteção, que é obrigatório”, informou o presidente, alertando sobre o perigo de cegueira caso o protótipo atinja os olhos. O indivíduo também pode comprar luvas, botas, camisa de manga cumprida, calças e protetor bucal.

JOGO – Para realizá-lo, são utilizadas réplicas das armas verdadeiras, em escala 1:1, confeccionadas em metal ou plástico, sempre com a ponta do cano em cor laranja, como pistolas, espingardas e fuzis de assalto. Os encontros acontecem geralmente em prédios abandonados e fazendas.

Conformo Jonio, as modalidades remetem às operações policiais e teatros de guerra. “Em alguns jogos simulamos missões reais ou batalhas ocorridas entre exércitos. Em outros, montamos times que combatem entre si sem um objetivo específico que não o de sobrepujar o oponente. Como munição, utilizamos esferas plásticas (BBs) de 6 mm de diâmetro e não possuem tinta, diferente portanto, do paintball”, completou.

Como as BBs não marcam o oponente, o esporte depende integralmente da honra e honestidade. “Ao ser atingido o operador instantaneamente para o combate, levanta uma das mãos acima da cabeça e grita “morto”, saindo para uma zona segura, previamente combinada”, finalizou.