Ele trocou as chuteiras pelo revólver calibre 38, a nossa série de reportagens especiais “Por onde anda” os ídolos do futebol roraimense, marca nosso sábado frio sem calendário de futebol profissional. Enfim encontramos o ex-atacante campeão e artilheiro do Estadual em 1999, o ídolo barelista Ricardo Eloy da Silva, 43, recorda a conquista em sua passagem de dois anos com o manto do Macuxi Colorado.
“Em 1998, vim com 18 anos e vesti a camisa do Baré, conquistei o título apenas em 1999, ficou a gana por essa vitória. O ano de 1999 foi mágico. Muitos amigos meus em Fortaleza hoje torcem para o Baré. Temos orgulho desse manto”, disse o cearense de 1,80m, revelado pelo América-CE, que entrou para o museu de campeões do Índio da Consolata e hoje atua como segurança privado em uma escola pública na capital do CE.
Na imagem registrada no vestiário, o trio de ferro do Macuxi Colorado, com o troféu minutos após a volta olímpica no estádio Canarinho em Boa Vista (RR): Matador Eloy (esquerda), Willian (Centro) e Alex (direita). Na noite do dia 27 de junho de 1999, Baré e Rio Negro empataram em 3 a 3 no tempo normal, nos pênaltis o Mais Querido faturou seu 25° título em RR, ao vencer por 4 a 3.
“O Baré para mim foi um clube que apostou em mim e tenho um enorme carinho por esse clube. Na época o presidente Zuza mim recebeu com tudo de bom e melhor que o clube podia oferecer. Só tenho gratidão aos amigos e a saudade enorme, queria ver os homens que comandam o futebol Roraimense fazer um jogo com os atletas campeões de 1999, para fazer uma bela festa, aquele título ficou marcado em nossas vidas”, disse Eloy.
Adversários “parada-dura”
O ex-atacante Eloy deixou a sua história no Baré Esporte Clube, mas para isso teve que superar adversários “cascas-grossas” no futebol macuxi. Um deles o goleiro Wellerson, ex-São Raimundo. “Era difícil demais fazer gol nele, mesmo assim consegui”, disse Eloy.
Dois treinadores ficaram marcados na carreira do ex-atacante Eloy, que ele garante dever muito, pela formação social e pessoal.
“Roberto Silva foi muito crucial. Um ser humano de bom coração, que ajudava a todos, aprendi muito com ele. E o professor João Monteiro por me lançar no profissional do América, grato a esses dois homens”, disse Eloy.