Em breve Roraima terá uma escola para capacitação, treinamento, reciclagem e aperfeiçoamento dos árbitros de futebol da Federação Roraimense de Futebol (FRF) e com isso, sair da incômoda situação de ser o único estado do Brasil a não ter a Escola de Arbitragem. A informação é do presidente da Comissão de Arbitragem da FRF, Clovis Rats.
Mas enquanto a Escola não é fundada, a FRF pediu autorização da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para realizar um Curso de Arbitragem.
“Vamos divulgar Edital abrindo inscrições para o Curso tão logo tenhamos definido o local e a data de início do curso, vamos reunir com o presidente da Federação, Zeca Xaud, e acredito que até o final desse mês já teremos algumas definições para lançar o edital para o curso”, afirmou. “Logo depois do curso vamos criar a Escola de Formação de Arbitragem de Roraima”, frisou.
Para o curso, podem participar os árbitros do quadro da FRF, que hoje é composto por 13 árbitros, sendo quatro árbitros de campo e nove árbitros assistentes, como pessoas de fora, professores de Educação Física, interessados conhecer a arbitragem ou que queiram ingressar no quadro da FRF.
“Estamos com o quadro reduzido e alguns árbitros próximos da idade de 40 e 42 anos, estabelecida pela CBF/Fifa, para deixar de atuar nos estaduais e Séries C e D e de até 50 anos para a Séries A e B, e precisamos renovar esse quadro com pessoas de 20/25 anos para fazer parte da nossa arbitragem”, disse.
Uma das preocupações de Rats em agilizar o curso e logo depois fundar a Escola de Arbitragem, se deu, principalmente, depois que os árbitros do quadro da FRF foram reprovados nos testes deste ano da CBF, realizado em fevereiro, por técnicos do Departamento de Arbitragem da Confederação.
“Nossos árbitros foram bem nos testes físicos, mas na parte teórica não houve o mesmo desempenho e sem avaliação positiva na parte teórica, os árbitros ficam impedidos de trabalhar em jogos de competições nacionais, como a Série D, por exemplo, que nenhum árbitro do nosso quadro está sendo escalado”, disse.
Rats credita essa falta de conhecimento teórico das regras do jogo, em que os árbitros foram reprovados, justamente a falta de uma Escola de Arbitragem no Estado.
“Sem essa escola os árbitros não se reciclam, não se atualizam com as regras e normas da arbitragem e isso prejudicou nossos árbitros na prova prática aplicada pela CBF”, disse. “Embora os árbitros sempre façam uma pré-temporada, se preparem, inclusive com a participação do treinador Pereira, da CBF, mas se trata apenas de uma preparação de dez dias, não é a mesma coisa de ter uma Escola que está constantemente preparando os árbitros e informando e aperfeiçoando a arbitragem”, frisou.