O tricampeonato da Libertadores veio com uma vitória por 2 a 1, que até poderia ser mais ampla. Renato, único brasileiro campeão continental como jogador e técnico, agora já merece uma estátua.
— Nunca tinha visto uma situação de tamanha tensão e animosidade. Uma recepção extremamente hostil e complicada, além de toda a desconfiança que paira em relação à arbitragem — reclamou, antes do jogo, o diretor jurídico Nestor Hein.
As palavras do dirigente sintetizavam uma situação de constrangimento que havia sido armada para tirar a concentração da equipe gaúcha.
Apedrejamento aos ônibus que levavam os torcedores, proibição dos dirigentes de caminhar no gramado, luzes apagadas durante o aquecimento dos jogadores foram alguns dos episódios registrados no alçapão de La Fortaleza, um estádio infinitamente menor do que a decisão.
Uma estratégia que só resistiu até os primeiros minutos do jogo, quando a marcação alta do Grêmio, que funcionava até mesmo em cobranças de tiros de meta, mostrou quem mandaria em campo. Não por acaso Renato havia dito que o Grêmio não era o River Plate, vitimado na semifinal pelo Lanús. Arthur, com personalidade, conduzia o time à frente.
Nos raros instantes de assédio argentino, sobressaíam-se Geromel e Bressan, que afasta de vez a desconfiança da torcida. Desconsolado, o técnico Jorge Almirón, que havia previsto facilidades na final, via ruir sua previsão.
Com informações do Gaucha ZH