Desde o retorno do Campeonato Paulista, o Palmeiras ainda não conseguiu mostrar bom futebol. No meio-campo, usou nove peças diferentes em apenas três partidas e nem assim conseguiu tornar o setor criativo. Às vésperas da semifinal contra a Ponte Preta, consertar a armação alviverde é o principal desafio de Vanderlei Luxemburgo.
O Palmeiras teve muito a bola nos últimos três jogos (média de 68% do tempo), mas insistiu demais nas bolas longas e no chuveirinho na área: foram 207 lançamentos tentados nas três partidas (média de um a cada 1m18s) e apenas 13 cruzamentos certos em 72 tentados (18% de acerto) — foi pelo alto que saiu o empate contra o Água Santa e o primeiro contra o Santo André. Os dados são do site SofaScore.com.
O problema já existia antes da saída de Dudu e se aprofundou ainda mais sem o camisa 7, quase sempre a válvula de escape do time. Em oito dias, Luxemburgo testou nove peças no meio-campo: Bruno Henrique, Felipe Melo, Gabriel Menino, Gustavo Scarpa, Patrick de Paula, Lucas Lima, Ramires, Raphael Veiga e Zé Rafael.
Na quarta, chamou a atenção a distância entre os jogadores no campo de ataque. Quando alguém tentava sair jogando por dentro, digamos Gabriel Menino ou Patrick de Paula, o time inteiro estava afundado na marcação, de costas para o gol, raramente dando opção de passe. Sem um “camisa 10” para ligar o jogo por dentro, o Palmeiras passou praticamente o jogo inteiro encaixotado.
Ainda na busca por um meio-campo que funcione, o Palmeiras recebe amanhã (2), às 19h (de Brasília), a Ponte Preta, que sofreu um só gol desde a volta do Paulistão (venceu Novorizontino, Mirassol e Santos). A semifinal de jogo único será no Allianz Parque e, em caso de empate, tudo vai aos pênaltis.