Esporte

Só quatro clubes confirmam participação no Campeonato Roraimense de Futebol de 2016

Em reunião realizada na manhã desta sexta-feira, na sede da Federação Roraimense de Futebol (FRF), Atlético Roraima, Baré, São Raimundo e o atual campeão Náutico confirmaram participação no Campeonato Roraimense de Futebol de 2016.

River, GAS, Rio Negro, Real (São Luiz do Anauá) e Progresso (Mucajaí) alegaram dificuldades financeiras por não participarem da disputa deste ano, e, além disso, ficarão de fora por não se ajustarem ao Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut). Com exceção do Náutico, os clubes confirmados já estão de acordo com as novas regras, segundo a FRF.

Uma nova reunião definirá os próximos detalhes da edição de 2016. “Vamos ter uma reunião em fevereiro para definir a questão de fórmula de disputa. Como são só quatro clubes, o campeonato deve ser em pontos corridos, mas vai depender do que os clubes vão decidir. A reunirão vai definir também o regulamento e a tabela”, explicou o diretor-administrativo da FRF, Denílson Silva.

Sobre o Náutico, Silva disse que o clube alvirrubro está 70% regularizado conforme o Profut. “Esses quatro clubes confirmados, todos eles têm suas certidões negativas de débito, as quais solicitam à CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Desses quatro, só o Náutico está pendente, mas o time já está 70% regularizado”, explicou.

Esta não é a primeira mudança de regras que dificulta a participação dos clubesno Estadual. Em 2015, a competição reuniu seis clubes, e foi adiada três vezes para que as equipes se adequassem ao novo sistema de registros e transferências da CBF.

PROFUT – O programa foi criado pela Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (LRFE) (lei 13.155/2015), sancionada pela presidente Dilma Rousseff. O artigo 7 do documento prevê o parcelamento de dívida em até 240 parcelas, com redução de 70% das multas, 40% dos juros e 100% dos encargos legais.

O artigo 4 diz que, para se adequar ao Profut, os clubes devem atender condições, como a transparência de gastos; comprovação da regularidade das obrigações trabalhistas e tributárias federais correntes; cumprimentos de contratos; mandato de até quatro anos para presidente ou dirigente máximo; comprovação da existência e autonomia de conselho fiscal; proibição de antecipação ou comprometimento de receitas referentes a períodos posteriores ao término da gestão ou do mandato; redução do déficit; além da manutenção de investimento mínimo na formação de atletas e no futebol feminino.