Política

Movimento indígena apresenta ao Governo demandas em saúde e educação

Entre os pedidos, está a troca da diretora do Departamento de Educação Indígena por um representante escolhido pelo movimento

A Comissão do Movimento Indígena, composta por representantes do povo indígena e organizações, entregou nesta terça-feira, 28, uma carta com reivindicações nas áreas de saúde e educação. O documento foi entregue no Palácio Senador Hélio Campos.

O movimento pede, entre outras reivindicações, a reforma de escolas; transporte escolar; a nomeação para o Departamento de Educação Indígena conforme a indicação dos indígenas, a realização da terceira chamada do concurso para professores indígenas e a realização de seletivo para professor de Língua Materna. Os pedidos estão na carta final da Assembleia Unificada de Povos Indígenas, realizada em fevereiro na Terra Indígena Raposa Serra do Sol.

Os indígenas foram recebidos pelo secretário de Educação e Desporto, Nonato Mesquita, e pelo secretário de Casa Civil, Flamarion Portela, para ouvir as demandas da categoria.  Um dos principais questionamentos foi em relação ao número de docentes convocados na 2ª chamada do Concurso Público Específico e Diferenciado, que foi de 174 professores. Em post nas redes sociais, a Secretaria de Educação e Desporto (Seed) explicou que a convocação foi feita conforme a demanda apresentada e disponibilidade do Cadastro Reserva, no entanto, também se comprometeu em verificar junto ao DRH (Departamento de Recursos Humanos) as planilhas da demanda e da convocação e sendo verificada a necessidade e possibilidade, mais docentes poderão ser chamados.

Os indígenas também pedem a troca da diretora do Departamento de Educação Escolar Indígena, Irisnaide Muniz e pedem um representante indicado pelo movimento, Aldenir Lima, membro da comissão organizadora do movimento indígena.


Aldenir Lima, representante do movimento indígena – Foto: Nilzete Franco/FolhaBV

“Estamos pedindo ao Governo e a Secretaria de Educação que nomeie o nosso indicado ao Departamento de Educação Escolar Indígena, pedindo a exoneração da Irisnaide, que hoje está porque é o movimento está fazendo a sua indicação e não o Governo de Roraima, que impõe as suas diretrizes, as suas indicações”

O movimento decidiu que o Governo terá 15 dias para responder sobre as reivindicações. A reportagem entrou em contato com o Governo do Estado que se manifestou por meio da seguinte nota:

O Governo do Estado informa que recebeu a comissão do Movimento Indígena de Roraima para uma reunião pautada na melhoria no atendimento na educação e saúde indígena no Estado.

E informa que ouviu com atenção as reivindicações e junto com as equipes técnicas da educação e saúde vai estudar medidas para atender o que estiver dentro das possibilidades.